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Bancos vão investir R$ 47 bilhões em tecnologia neste ano e Drex é prioridade, diz Febraban

Pesquisa de Tecnologia Bancária 2024 mostra que investimentos em tecnologia por bancos dobraram em oito anos

Drex está entre prioridades dos bancos brasileiros (Reprodução/Reprodução)
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 19 de abril de 2024 às 17h48.

Os bancos brasileiros aumentaram seus investimentos em tecnologia nos últimos anos e pretendem aportar R$ 47,4 bilhões na área apenas em 2024, de acordo com a Pesquisa de Tecnologia Bancária divulgada nesta semana pela Federação Brasileira de Bancos, a Febraban . O levantamento foi realizado pela consultora Deloitte.

O levantamento aponta que os investimentos em tecnologia por bancos dobraram nos últimos oito anos, saltando de R$ 19,1 bilhões em 2015 para R$ 39 bilhões em 2023. E a tendência é que os aportes continuem crescendo nos próximos anos. A cifra leva em conta tanto investimentos efetivos quanto despesas na área.

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Questionados sobre as suas prioridades de investimento, 100% dos bancos entrevistados apontaram as áreas de cloud (computação em nuvem) e cibersegurança. Já a inteligência artificial foi citada por 95% dos entrevistados e a computação quântica , por 11%.

O Drex, projeto de criação de uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) e nova infraestrutura para o sistema financeiro brasileiro, foi citado por 56% dos bancos entrevistados, junto com a tecnologia blockchain .

Segundo a Febraban, "as instituições destacaram que o foco de investimentos está centrado em arquitetura, infraestrutura e ferramentas especializadas em estratégias para detecção e resposta a ameaças cibernéticas, gestão de identidades e acessos, treinamento e conscientização dos colaboradores, cloud security, testes de invasão e criptografia dos dados e informações".

Questionados sobre o uso de inteligência artificial generativa, 54% dos bancos afirmaram que já empregam a tecnologia em suas atividades, destacando sua alta adaptabilidade e customização a necessidades específicas.  Os bancos que adotaram a tecnologia tiveram um ganho de eficiência médio de 11%, segundo a pesquisa.

No momento, as principais aplicações de inteligência artificial estão na biometria facilita (75%) e chatbots (71%). Sergio Biagini, sócio-líder da Deloitte para a Indústria de Serviços Financeiros, destacou que "esta tecnologia tem o potencial de impulsionar a inovação e a produtividade, além de estimular a eficiência".

Para ele, há ainda um potencial para que as demandas das ferramentas de IA incentivem uma expansão do Open Finance : "Com a necessidade de buscar um posicionamento cada vez mais relevante rumo à diferenciação, os bancos podem se utilizar do movimento do Open Finance para ampliar os dados e o conhecimento sobre seus clientes".

"Com o uso de tecnologias como IA e IA generativa, as informações podem ser exploradas com maior eficiência e assertividade, com o objetivo de personalizar o relacionamento com os clientes", explica.

Inovação no setor bancário

Rodrigo Mulinari, diretor da Febraban responsável pela pesquisa, avalia que "a indústria brasileira é protagonista do que há de mais inovador em tecnologia bancária e os investimentos feitos pelos bancos ao longo dos anos comprovam o empenho que as instituições têm em trazer anualmente novidades".

Ele ponta ainda um esforço das instituições financeiras para gerar uma "experiência personalizada para os nossos clientes e 100% de segurança nas operações financeiras do dia a dia”.

Para além das áreas de investimento, os bancos também pretendem priorizar a experiência do cliente, citada por 83% dos entrevistados, as inovações tecnológicas, citada por 71% e onde se insere o blockchain, a personalização de produtos e serviços, citada por 63%, a segurança e privacidade de ponta, citada por 58%, e os temas de responsabilidade social e sustentabilidade e ofertas integradas de ecossistema, com 54% cada.

"A pandemia acelerou o processo de digitalização da tecnologia bancária, juntamente com o nascimento do Pix, a implementação do Open Finance e, no momento, a chegada do Drex, resultando em uma maior oferta de produtos e serviços para nosso cliente. Tudo isto reflete nestas prioridades dos bancos", avalia Mulinari.

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