Associação Brasileira de Bancos cria instituto para estudar blockchain e IA
ABBC quer avaliar potencial de novas tecnologias para modernizar o sistema financeiro brasileiro nos próximos anos
Agência de notícias
Publicado em 14 de maio de 2024 às 15h11.
A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) anunciou na última segunda-feira, 13, a criação do Instituto ABBC de Estudos Acadêmicos do Sistema Financeiro (IEASF/ABBC). O objetivo do instituto é promover pesquisas, estudos e análises independentes sobre temas regulatórios, operacionais e ligados à inovação do sistema financeiro brasileiro, com foco em novas tecnologias.
Durante o lançamento do instituto em São Paulo, autoridades do Banco Central , como os diretores Otávio Damaso (Regulação), Diogo Guillen (Política Econômica) e Ailton Santos (Fiscalização), estiveram presentes, juntamente com representantes do setor financeiro.
Segundo a ABBC, o instituto tem como objetivo identificar fragilidades, desafios e oportunidades para o amplo desenvolvimento do sistema financeiro. O primeiro convênio de estudos e pesquisas foi assinado com a instituição de ensino Ibmec, mas outros centros de ensino também participarão na produção dos materiais.
As pesquisas abrangerão temas como inovação, segurança cibernética, ativos digitais, blockchain e inteligência artificial . Os resultados serão apresentados aos órgãos reguladores do sistema financeiro brasileiro como forma de conectar a produção intelectual a questões políticas, econômicas e sociais.
No lançamento, Jorge Sant'Anna, conselheiro da ABBC, destacou a importância de um "olhar isento" sobre o mercado financeiro, especialmente quando as respostas não vêm dos bancos ou reguladores, mas sim do mundo acadêmico. O primeiro trabalho do instituto será lançado em seis meses, com um seminário aberto ao público para discutir possíveis mudanças regulatórias e legislativas.
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Já o diretor de regulação do Banco Central, Otávio Damaso, enfatizou que a iniciativa é fundamental para fortalecer o sistema financeiro brasileiro. Ele destacou a eficiência crescente do processo de inovação no sistema financeiro, que tem resultado em uma maior inclusão social.
Além disso, o diretor ressaltou a importância de envolver o meio acadêmico, especialmente para questões ligadas a regras prudenciais e ao arcabouço regulatório. Sílvia Scorsato, presidente da ABBC, afirmou que as transformações no sistema financeiro são "constantes e lideradas por consumidores ávidos por novidades", alinhadas à agenda promovida pelo Banco Central.