ESG na prática: da teoria à mensuração real

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1 de fevereiro de 2024 , 13:58

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Apoiar as diretrizes sustentáveis é uma forma de mostrar responsabilidade e comprometimento com o mercado, consumidores e comunidades.

As iniciativas ESG (ambientais, sociais e de governança) corporativas surgiram como uma resposta para os anseios de executivos e investidores que buscam minimizar os impactos ambientais e desenvolver empresas mais humanas, fazendo a diferença na sociedade.

Na prática, apoiar as diretrizes sustentáveis é uma forma de mostrar responsabilidade e comprometimento com o mercado em que atuam, com seus consumidores, fornecedores, comunidades, colaboradores e investidores. 

Para ter ideia da potência desse tema, estima-se que pelo menos 30 trilhões de dólares em ativos estão hoje sob gestão de fundos que apenas aplicam seus recursos em negócios e empresas com práticas sustentáveis. Um estudo da Humanizadas mostra que empresas com práticas sólidas de ESG têm retorno financeiro 615% superior ao IBOVESPA. 

Diante deste cenário, percebe-se que investir em iniciativas ESG não é mais um diferencial, mas sim um pré-requisito para as empresas que buscam ir além da sobrevivência no mercado e desejam ser líderes em seus segmentos.

Greenwashing: a outra face do ESG

Em busca de também surfar nessa nova onda, muitas empresas, indústrias, organizações não governamentais e até governos promovem discursos, ações e propagandas sustentáveis que, na prática, não acontecemm

Dentro do conceito ESG isso tem um nome: greenwashing, uma prática em que uma empresa, organização ou indivíduo apresenta uma imagem ambientalmente amigável, ou comprometida com a sustentabilidade, mas, na realidade, suas ações e práticas não refletem esse compromisso. 

Essa tentativa de disfarçar a posição de uma organização em relação ao meio ambiente é prejudicial porque pode enganar os consumidores, levando-os a tomar decisões de compra baseadas em informações falsas sobre o compromisso ambiental de uma empresa.

Abordar esse tema é essencial para que líderes e tomadores de decisão de instituições que possuem algumas ações interessantes não deixem a marca perder a credibilidade diante do mercado por meio de declarações ou campanhas de marketing que não fazem jus à realidade. 

Mulher em trabalho de campo de inspeção de turbinas eólicas

O mercado ESG exige mais que conhecimento técnico sobre práticas ambientais, mas também à capacidade de aplicá-las em diferentes contextos.

Suas ações vistas pela comunidade

Uma boa forma de provar que um negócio está verdadeiramente comprometido com as práticas ESG  é com uma certificação de sustentabilidade, que demonstra seu compromisso com boas práticas ambientais, sociais, éticas e de governança

Além da reputação da marca, os selos de certificação sustentável contribuem para adaptar procedimentos que sejam mais interessantes financeiramente para a empresa. 

Outra maneira de controlar as ações ESG é estabelecer e acompanhar indicadores de performance e divulgar os resultados por meio de relatórios. A agenda ESG deve ser avaliada por indicadores confiáveis. Amatriz de materialidade, por exemplo, é uma ferramenta importante para mensurar o impacto da organização no meio ambiente e na sociedade, além de ser fundamental para identificar áreas onde melhorias podem ser feitas.

Leia também: Como fazer o relatório de sustentabilidade de uma empresa? Aqui está o caminho em 9 passos simples

E quais indicadores monitorar?

Após construir a matriz de materialidade, provavelmente estará mais claro quais ações ela deseja iniciar e monitorar. Cada organização vai estabelecer e acompanhar indicadores que façam sentido para sua empresa, no entanto, separamos os mais comuns e que podem ser o pontapé inicial para implementar ações sustentáveis no seu negócio a curto prazo. 

  • Emissões de gases de efeito estufa (GEE): acompanhar e reduzir as emissões de gases poluentes para mitigar os impactos climáticos.
  • Diversidade e inclusão no ambiente de trabalho: medir a representação de grupos diversos dentro da empresa, promovendo um ambiente mais inclusivo.
  • Consumo responsável de água e energia: monitorar e reduzir o consumo de recursos naturais para garantir práticas sustentáveis.
  • Taxa de reciclagem: acompanhar o percentual de resíduos reciclados em relação ao total gerado.
  • Índice de satisfação dos colaboradores: avaliar o engajamento e a satisfação dos funcionários em relação às práticas ESG da empresa.

A mensuração efetiva desses indicadores é um desafio, mas é crucial para avaliar o impacto real das práticas ESG. Utilizar ferramentas tecnológicas, auditorias independentes, métricas específicas, adotar sistemas de gestão integrados que possibilitam o monitoramento contínuo pode ser fundamental.  

Leia também: Pequenas empresas podem ser sustentáveis? 15 dicas para implementar as diretrizes ESG no seu negócio

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