ESG

Votorantim cria fundo de R$ 20 mi para tirar startups do vale da morte

Fundo será gerido pelo Instituto Votorantim e tem a participação de todas as empresas do grupo. Na primeira fase, meta é ter 40 investidas

Unidade da Votorantim: para o público universitário, são 88 vagas para estudantes para trabalharem nas áreas corporativas, industriais e comerciais das diferentes unidades de negócio da companhia (Germano Lüders/Exame)

Unidade da Votorantim: para o público universitário, são 88 vagas para estudantes para trabalharem nas áreas corporativas, industriais e comerciais das diferentes unidades de negócio da companhia (Germano Lüders/Exame)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 9 de dezembro de 2021 às 16h47.

Última atualização em 10 de dezembro de 2021 às 11h06.

A Votorantim está criando um fundo de 20 milhões de reais para investir em startups. A gestão e a escolha das investidas caberão ao Instituto Votorantim, braço de filantropia do grupo. A ideia, no entanto, não é oferecer dinheiro a fundo perdido. “Espero que alguma investida, no futuro, seja parte do grupo”, afirma Cloves Carvalho, diretor-presidente do instituto.

Batizado de iV Ventures, o fundo estará focado em três setores: água e saneamento, economia de baixo carbono e habitação de interesse social.  Os planos são de apoiar startups em fase inicial, o chamado early stage. Segundo Carvalho, a busca é por companhias que já tenham passado por um investidor-anjo e estejam no processo de escalar o negócio. “Esse é o momento mais delicado na vida de uma startup, conhecido como ‘vale da morte’”, diz o diretor.

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Essa é a primeira vez que todas as empresas do grupo participam juntas de uma iniciativa do tipo — são oito, ao todo, entre elas CBA, Votorantim Cimentos, Citrosuco e Banco BV. “Há a certeza de que nossos negócios não se sustentam, no futuro, se não incorporarem a economia de baixo carbono”, diz Carvalho. “Estamos em setores de alta emissão, como o de cimentos. Mas a demanda por construção irá aumentar. O que precisamos é desenvolver novas maneiras de produzir, com menos impacto.”

Nos últimos 40 dias, a equipe do instituto estudou 635 startups, dos três segmentos escolhidos. As conversas evoluíram com 184 e 25 foram escolhidas como potenciais investidas. Num primeiro momento, a ideia é investir entre 50.000 e 250.000 reais em 30 ou 40 empresas. Em outra fase, os planos são de aumentar os aportes, para até 2 milhões de reais. “Não queremos ser os únicos investidores”, afirma Carvalho.

O papel do instituto na estratégia ESG

A Votorantim tem aproveitado seu instituto para avançar na agenda ESG. A organização filantrópica é também responsável por definir as estratégias socioambientais das empresas do grupo. “Essa possibilidade de estar junto com o negócio nos deu a clareza e a segurança para propor soluções inovadoras”, afirma o diretor-presidente. “Temos de olhar para a frente e ouvir o chamado da COP26. Quem não entrar nessa, ficará de fora do jogo global.”

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