O Itaú quer ser o banco da transição para a economia de baixo carbono
O banco entrou, em 2021, para a Net-Zero Banking Alliance, um compromisso global, capitaneado pela ONU, que reúne 110 instituições financeiras de 40 países, responsáveis por 70 trilhões de dólares em ativos
Rodrigo Caetano
Publicado em 23 de junho de 2022 às 21h05.
O banco Itaú Unibanco entrou, em outubro de 2021, para a Net-Zero Banking Alliance, um compromisso global, capitaneado pela ONU , que reúne 110 instituições financeiras de 40 países, responsáveis por 70 trilhões de dólares em ativos. Todas se comprometeram a zerar as emissões de carbono de suas carteiras até 2050. Com os compromissos firmados, os grandes bancos colocam a própria reputação em risco, caso não cumpram com o combinado.
Há, no entanto, um desafio adicional para atingir esse objetivo. Desinvestir de setores intensivos em carbono, como mineração e siderurgia, pode até resolver o problema dos bancos. Porém, o objetivo é zerar as emissões de carbono no mundo e, para isso, os maiores emissores precisam se engajar. “Queremos ser o banco da transição”, afirma Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú Unibanco. “E ajudar nossos clientes a atingir as metas deles.”
A instituição financeira lançou, em 2019, um conjunto de oito compromissos de impacto. No varejo, há um olhar para a saúde financeira dos correntistas e para o empreendedorismo. O banco vem lançando uma série de ferramentas digitais para se inserir na jornada do cliente, para a renegociação de dívidas, e em produtos além do crédito para micro e pequenas empresas, como contadores e advogados. Também foi lançada uma linha de crédito de 11 bilhões de reais para mulheres empreendedoras.