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Fim do tabagismo? Como o ESG pode fazer sumir toda uma geração de fumantes

Analistas acreditam que pressão ESG tem diminuído hábito de fumar, e em algumas décadas pode não haver mais fumantes em alguns mercados

Analistas defendem que tabagismo tem diminuído nas últimas cinco décadas à medida em que atitudes sociais, regulamentação e tributação são reformuladas (Luis Diaz Devesa/Getty Images)
MC

Maria Clara Dias

Publicado em 3 de abril de 2021 às 08h00.

Última atualização em 13 de abril de 2021 às 15h22.

Em 10 a 20 anos pode não haver mais fumantes em muitos mercados, de acordo com analistas da Jefferies. Os governos e as empresas de tabaco estão do mesmo lado nessa mudança, à medida que mais países adotam metas antitabagismo e as empresas empurram os fumantes para produtos de risco reduzido, como cigarro eletrônico e nicotina oral.

“Com as ambições dos reguladores e das empresas de tabaco cada vez mais alinhadas, em muitos países, o desaparecimento de fumantes dentro de uma geração pode se tornar uma realidade”, escreveu o analista Owen Bennett em nota nesta sexta-feira. “Se o fim do fumo estiver para acontecer, isso só será alcançado com o apoio de produtos de risco reduzido.”

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A visão de que os cigarros podem se tornar obsoletos também é defendida pelo Citigroup, que espera que o fumo desapareça até 2050 dos Estados Unidos, partes da Europa, Austrália e de grandes partes da América Latina se a tendência de declínio observada nas últimas décadas continuar.

“O tabagismo tem diminuído nas últimas cinco décadas por causa do que chamamos de pressão ESG: pressões de atitudes sociais, regulamentação e tributação”, escreveu o analista do Citi, Adam Spielman, em nota este mês.

O índice MSCI World Tobacco teve desempenho inferior ao índice MSCI World mais amplo desde o início do ano passado, com a fabricante de produtos de tabaco sem fumaça Swedish Match apresentando desempenho superior e a Imperial Brands ficando para trás.

Michael R. Bloomberg, fundador e acionista majoritário da Bloomberg LP, controladora da Bloomberg News, fez campanha e doou dinheiro em apoio à proibição de cigarros eletrônicos com sabor e tabaco nos Estados Unidos.

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