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Energia nuclear é defendida como alternativa na transição energética

Presidente de agência internacional, Rafael Grossi acredita que o mundo precisa desta fonte para cumprir seus compromissos climáticos; o Brasil é um dos países que prometem fazer a transição com menos emissões

Angra: Brasil conta com 2 usinas nucleares em funcionamento e uma em construção (Getty Images)

Angra: Brasil conta com 2 usinas nucleares em funcionamento e uma em construção (Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 8 de abril de 2024 às 18h28.

Última atualização em 8 de abril de 2024 às 18h36.

O mundo precisa da energia nuclear para cumprir seus compromissos climáticos e o Brasil está inserido nessa meta, afirmou nesta segunda-feira, 8, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, durante a abertura do Nuclear Summit 2024, evento promovido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan).

"Após 28 conferências da ONU sobre mudanças climáticas, a energia nuclear ganha finalmente seu lugar. Pela primeira vez a COP viu a necessidade de investimento em energia nuclear. E, à margem da reunião, mais de 20 nações declararam trabalhar para triplicar a capacidade de energia nuclear até 2050", disse por vídeo na abertura do evento, que termina amanhã, 9.

Descarbonização

Para Grossi, os planos do Brasil para a energia nuclear são fundamentais para ajudar na descarbonização e há grande expectativa no desenvolvimento da fonte no país. "O Brasil tem muito a contribuir nesse sentido", afirmou.

A declaração da energia nuclear como fonte limpa no Brasil está no centro de uma polêmica sobre a aprovação do Projeto de Lei 327, que cria a política nacional de transição energética no Brasil. Apesar de ter incluído térmicas a gás natural, o projeto não contempla a energia nuclear, o que vem causando insatisfação no setor.

De acordo com o deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ), que participou do evento, a não inclusão da fonte nuclear como energia limpa no PL que tramita no Congresso "é um fato gravíssimo", e o setor precisa convencer os senadores a incluir a fonte.

"Se o Senado não reconhecer a energia nuclear como energia limpa vamos todos naufragar. O setor de energia do país está completamente desestruturado, estamos embarcando em um trem desgovernado em direção ao despenhadeiro", disse Lopes durante o Nuclear Summit.

O parlamentar explicou que, apesar da grande oferta de energia renovável no Brasil — e até por isso —, é preciso ter energia térmica para garantir a segurança do sistema elétrico na base. A energia nuclear cumpre bem esse papel por ser limpa e estável, ao contrário das energias renováveis (solar, eólicas e hidrelétricas), que dependem de fatores externos e intermitentes como sol, vento e chuvas.

"O mínimo que o Estado pode fazer é reconhecer que a nuclear é limpa, ou a população não vai aceitar a instalação de pequenos reatores, que é a tendência", afirmou, dando como exemplo a proposta de instalação de pequenos reatores modulares (SMRs, na sigla em inglês) no Paraná para substituir as térmicas a carvão.

O Brasil conta com duas usinas nucleares (Angra 1 e 2) que geram juntas quase 2 gigawatts (GW), e uma usina em construção (Angra 3) com potência de 1.405 GW, sem data para entrar em operação. Além de terminar de construir Angra 3, a Eletronuclear, que controla as usinas, pretende aumentar a vida útil de Angra 1 por mais 20 anos, além dos 40 anos que a unidade completa este ano.

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