Emirados Árabes inaugura uma das maiores usinas solares do mundo
Os Emirados Árabes Unidos se comprometeram a atingir a neutralidade de carbono até 2050, mas considerando apenas as emissões nacionais e excluindo o impacto dos hidrocarbonetos exportados; país sediará a COP28 a partir do dia 30
Agência de notícias
Publicado em 17 de novembro de 2023 às 12h52.
Os Emirados Árabes Unidos, que em duas semanas sediarão a cúpula climática da ONU, inauguraram nesta quinta-feira (16) uma das maiores usinas de energia solar do mundo.
O país petroleiro se comprometeu em julho a triplicar a capacidade de suas energias renováveis nos próximos anos, ao mesmo tempo em que planeja aumentar sua produção de petróleo de três milhões para cinco milhões de barris diários até 2027.
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Localizado no deserto, 30 km ao sul da capital Abu Dhabi, o projeto Al Dhafra é 60% controlado por duas empresas públicas dos Emirados Árabes, TAQA e Masdar, enquanto os 40% restantes pertencem à chinesa Jinko Power Technology e à francesa EDF.
Suas placas fotovoltaicas cobrem uma área de 21 km² e têm capacidade para gerar 2 gigawatts e alimentar 160 mil residências, de acordo com os responsáveis pelo projeto.
Bruno Bensasson, responsável pela filial de energias renováveis da EDF, afirmou à AFP que o projeto "permitirá evitar a emissão de cerca de 2 milhões de toneladas de gases de efeito estufa por ano".
Os Emirados Árabes Unidos se comprometeram a atingir a neutralidade de carbono até 2050, mas considerando apenas as emissões nacionais e excluindo o impacto dos hidrocarbonetos exportados.
A iniciativa Climate Action Tracker considera essas ambições "insuficientes" e critica o país do Golfo por sua intenção de aumentar a produção de combustíveis fósseis.
Dubai sediará entre 30 de novembro a 12 de dezembro a COP28, conferência da ONU sobre o clima.
O presidente do evento será Sultan Al Jaber, chefe da empresa de energias renováveis Masdar, mas também da companhia petrolífera nacional ADNOC.