COP15: reações ao acordo ambiental que deve mobilizar US$ 200 bilhões ao ano
O presidente da cúpula da natureza COP15, o ministro chinês do Meio Ambiente, Huang Runqiu, classificou o acordo de "passo histórico"
AFP
Publicado em 19 de dezembro de 2022 às 14h09.
Última atualização em 19 de dezembro de 2022 às 14h19.
A COP15 de Montreal terminou, nesta segunda-feira, 19, com um histórico acordo que busca impedir a destruição da natureza e evitar uma extinção em massa.
Confira abaixo as primeiras reações ao Acordo Kunming-Montreal:
António Guterres, secretário-geral da ONU
"Por fim, começamos a fechar um pacto de paz com a natureza", disse em entrevista coletiva da sede da ONU em Nova York.
Huang Ruqin, presidente chinês da COP15
O presidente da cúpula da natureza COP15, o ministro chinês do Meio Ambiente, Huang Runqiu, classificou o acordo de "passo histórico".
"Temos em nossas mãos um pacote que, acredito, pode guiar todos nós para trabalharmos juntos para reverter as perdas de biodiversidade, para pôr a biodiversidade no caminho da recuperação, em benefício de toda a população mundial", declarou Huang à assembleia.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia
Na mesma linha, a presidente da Comissão Europeia saudou um "histórico" acordo internacional para preservar a biodiversidade e afirmou que se trata de um "mapa de rota para proteger e restaurar a natureza".
"Este acordo fornece uma boa base para uma ação global sobre a biodiversidade, complementando o Acordo de Paris sobre mudança climática", acrescentou, em um comunicado.
Virginijus Sinkevicius, comissário Europeu para o Meio Ambiente
"ACORDO", tuitou Sinkevicius no Twitter. "Esta noite fizemos história na COP15", acrescentou.
Steven Guilbeault, ministro canadense do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas
Para Guilbeault, também foi um "passo histórico".
"Conseguimos", escreveu no Twitter.
"O mundo se uniu para alcançar um acordo histórico para proteger a natureza e a biodiversidade", completou.
Marco Lambertini, CEO da WWF Internacional
Marco Lambertini disse que o acordo para deter e reverter a perda de biodiversidade até 2030 é uma "vitória para o planeta e para as pessoas".
"A biodiversidade nunca esteve tão no topo da agenda política e econômica", mas o acordo pode se ver ameaçado por "uma lenta implementação lenta e por um fracasso em mobilizar os recursos prometidos", frisou.
Susan Lieberman, vice-presidente de Política Internacional da Wildlife Conservation Society
"O Acordo-Quadro Kunming-Montreal para a Biodiversidade Global é um compromisso e, embora tenha vários elementos bons e arduamente conquistados, poderia ter ido mais longe para transformar verdadeiramente nossa relação com a natureza e impedir a destruição que fazemos de ecossistemas, habitats e espécies”, avaliou Susan.
Fórum Indígena Internacional sobre Biodiversidade
Em comunicado, o IIFB elogiou o acordo que inclui "uma linguagem forte sobre o respeito dos direitos dos povos indígenas e das comunidades locais".
Steffi Lemke, ministro do Meio Ambiente da Alemanha
"A decisão de Montreal abre um escudo para a proteção dos nossos recursos vitais. A comunidade internacional decidiu, finalmente, pôr um fim à extinção de espécies", celebrou Lemke.