Exame Logo

Brasil e ONU lançam Iniciativa Global contra Desinformação Climática no G20

A Unesco também faz parte do projeto que busca arrecadar entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões nos próximos três anos para a causa

Lançamento da Iniciativa Global Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas, durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, Brasil ( Isabela Castilho/G20/Flickr)

Publicado em 22 de novembro de 2024 às 13h13.

Última atualização em 22 de novembro de 2024 às 13h16.

O governo brasileiro apresntou ainda durante a Cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro entre os dias 18 e 19 deste mês, a Iniciativa Global pela Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas firmada em conjunto com a ONU e a Unesco.  O objetivo é intensificar a pesquisa e implementar medidas para combater a desinformação que prejudica a resposta global à crise do clima.

Até agora, a iniciativa conta com o apoio do Chile, Dinamarca, França, Marrocos, Reino Unidos e Suécia. Esses países e outras nações que aderirem à aliança, irão contribuir para um fundo administrado pela Unesco que tem como meta arrecadar entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões nos próximos três anos.

Veja também

Esses recursos serão destinados a organizações não governamentais para apoiar pesquisas, desenvolver estratégias de comunicação e realizar campanhas de conscientização sobre mudanças climáticas.

Inicialmente debatida no âmbito do G20, a iniciativa será formalizada como uma colaboração multilateral entre Estados e organizações internacionais. O plano inclui financiamento de pesquisas e ações que promovam a integridade da informação climática.

Conspirações e mentiras nas redes sociais

Durante o anúncio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que "o negacionismo e a desinformação afetam profundamente as ações de combate às mudanças climáticas” ao afirmar  que este é um problema que os países não podem resolver sozinhos.

Na coletiva de imprensa realizada após o lançamento, a subsecretária-geral da ONU de Comunicação Global, Melissa Flemin g, afirmou que as pessoas estão mais atentas aos impactos da desinformação e percebendo que existem “ecossistemas tóxicos de informação”.

Segundo ela, essa poluição decorre de uma “enxurrada de conspirações e mentiras” despejadas nas redes sociais. Fleming atribuiu esse processo a grupos de interesses que tem financiado campanhas de lobby e propaganda nas últimas décadas para bloquear a transição energética.

Apoio a jornalistas e pesquisadores

A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, enfatizou o papel central da informação confiável para superar os desafios climáticos. Para ela, "sem acesso a informações precisas sobre as mudanças climáticas, nunca poderemos enfrentá-las”. Azoulay disse que esta iniciativa apoiará jornalistas e pesquisadores que atuam sob grandes riscos e combaterá a desinformação que se espalha rapidamente pelas redes sociais.

Acompanhe tudo sobre:ESGG20Rio de JaneiroBrasilONU

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de ESG

Mais na Exame