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As ONGs que receberão parte dos US$ 10 bi que Jeff Bezos prometeu doar

Fundador da Amazon fez a promessa em fevereiro. Desde então, ele ficou 70 bilhões de dólares mais rico. Dinheiro será usado para proteger o meio ambiente

Em fevereiro, Bezos prometeu doar 10 bilhões de dólares para a preservação do meio ambiente. Desde então, ele ficou 70 bilhões mais rico (Lindsey Wasson/Reuters)
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Rodrigo Caetano

Publicado em 5 de novembro de 2020 às 10h10.

Última atualização em 5 de novembro de 2020 às 11h07.

Uma onda de solidariedade atingiu os maiores bilionários do mundo . O movimento não está relacionado, apenas, à pandemia. Antes mesmo dos lockdowns, os ricaços já vinham prometendo doar alguns bilhões , como no caso de Jeff Bezos , o fundador da Amazon e homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em 200 bilhões de dólares.

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Em fevereiro, Bezos prometeu doar 10 bilhões de dólares para ações de preservação do meio ambiente. Na época, o valor representava 8% do seu patrimônio -- desde então, ele ficou cerca de 70 bilhões mais rico. Os planos eram utilizar o dinheiro para criar um fundo e, a partir de julho, iniciar a distribuição de grants (doações a fundo perdido) para cientistas, ativistas e ONGs que atuam na área ambiental.

A pandemia atrasou um pouco a liberação do dinheiro . Mas, com a chegada dos primeiros raios de sol do verão, Bezos se sentiu mais generoso. Segundo a revista americana The Atlantic, o bilionário e sua namorada, a produtora de TV Lauren Sanchez, estão se reunindo com ONGs ambientais por videoconferência. É um indicativo de que os recursos vão começar a sair.

Quem espera inovações ou surpresas, deve se decepcionar. Por enquanto, a lista de beneficiários inclui apenas as grandes organizações ambientais americanas: The Nature Conservancy (TNC), Environmental Defense Fund, Natural Resources Defense Council e World Wildlife Fund (WWF). A revista obteve essas informações de pessoas próximas ao bilionário, que pediram para não se identificar.

Pressão interna

A iniciativa de Bezos se deu meses depois que um grupo chamado AECJ (sigla em inglês para funcionários da Amazon pela justiça climática) deu início a uma série de protestos online, de forma anônima, exigindo que a empresa reduza sua pegada de carbono.

O AECJ, no entanto, diz que, apesar da soma considerável, o esforço ainda é pequeno. O grupo exige, por exemplo, que a Amazon pare de financiar think-thanks ligados a estudos que negam o aquecimento global, como o Competitive Enterprise Institute, que defende a autorregulação ambiental.

Bezos também tem atuado em outras frentes filantrópicas. Em setembro, ele anunciou a criação da “Bezos Academy” – uma pré-escola gratuita para crianças de família de baixa renda. A unidade foi lançada em outubro em Des Moines, ao sul de Seattle. A escola oferecerá aulas para crianças de 3 a 5 anos durante todos os dias da semana, com direito a alimentação gratuita.

A iniciativa faz parte do Fundo Bezos One, de 2 bilhões de dólares, criado em 2018. O fundo tem duas prioridades: doar para organizações sem fins lucrativos que estão ajudando famílias sem-teto e construir uma rede de pré-escolas. Desde o seu lançamento, o fundo doou cerca de US$ 100 milhões por ano para uma variedade de organizações sem fins lucrativos com foco em desabrigados, informou a Forbes.

Ricos mais ricos

Na era Donald Trump, os bilionários americanos ficaram ainda mais ricos . Desde a eleição do presidente, o primeiro bilionário a ocupar a Casa Branca, as cerca de 200 pessoas mais ricas do país – um grupo que representa 0,00006% da população – aumentaram sua fortuna combinada em US$ 1 trilhão. Doações como a de Bezos não são um esforço tão grande assim, afinal.

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