ESG

Ambev cria achocolatado que ajuda a combater a desnutrição

A bebida será distribuída em comunidades do Rio de Janeiro e de São Paulo pelas ONGs Cufa e Gerando Falcões. Foram produzidas 270 mil garrafas

Doações de cestas básicas na favela de Paraisópolis, em São Paulo: 68% das pessoas que vivem em comunidades carentes tiveram piora na alimentação (Igor Alexander/Cria Brasil/Outdoor Social/Divulgação)

Doações de cestas básicas na favela de Paraisópolis, em São Paulo: 68% das pessoas que vivem em comunidades carentes tiveram piora na alimentação (Igor Alexander/Cria Brasil/Outdoor Social/Divulgação)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 21 de julho de 2021 às 16h35.

Última atualização em 22 de julho de 2021 às 13h04.

A Ambev desenvolveu, em parceria com outras empresas, um tipo de achocolatado que ajuda a combater a desnutrição. O alimento é feito a base de malte com a adição de nutrientes. Até o momento, 270 mil unidades foram produzidas, todas para doação.

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O produto foi criado nos laboratórios da empresa. Ele é considerado um alimento pronto para consumo rico em vitaminas A, B6, D e E, fonte de vitaminas B1 e B2, Cálcio e Magnésio. Também leva em sua fórmula proteína vegetal.

A ideia por trás da inovação, que contou com a colaboração de Tetra Pak, GlobalFruit, Smurfit Kapa, Vogler, MCassab, Tereos e Primeserv, é complementar a alimentação de famílias em situação de vulnerabilidade.

As doações começam nesta quarta-feira, 21, no Rio de Janeiro, com distribuição da Central Única de Favelas (Cufa); e no dia 27, em São Paulo, onde as entregas serão feitas pela Gerando Falcões.

A fome aumentou durante a pandemia

Uma pesquisa realizada pela Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, em parceria com a Universidade de Brasília, aponta que três em cada cinco domicílios brasileiros apresentaram algum grau de insegurança alimentar no último quadrimestre de 2020, quando os efeitos econômicos da pandemia atingiram seu ápice.

A pior situação está no nordeste, onde mais de 70% das famílias enfrentaram insegurança alimentar no período. No geral, 31,7% dos domicílios brasileiros relataram insegurança leve, 12,7% moderada, e 15% grave. Nesse caso, há falta de alimento, ou seja, as pessoas que convivem na casa, incluindo as crianças, passaram fome.

Esforço comunitário

Uma pesquisa da Cufa mostrou que várias pessoas que vivem em comunidades carentes no Brasil tiveram piora em sua alimentação em 2021 em decorrência da pandemia de covid-19.

Segundo a pesquisa, 68% das pessoas entrevistadas afirmaram que, em um período de duas semanas, faltou dinheiro para comprar comida em, pelo menos, um dia.

Para aliviar essa situação, a Cufa se uniu às organizações não governamentais (ONGs) Gerando Falcões e Frente Nacional Antifascista e à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para promover a campanha Panela Cheia.

A campanha está recebendo recursos para comprar cestas básicas para as famílias mais afetadas pela fome. A meta é garantir a compra de 2 milhões de cestas, que serão distribuídas em todo o país.

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