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Segurança passa por investimentos em tecnologia e inteligência, diz Pierpaolo Bottini

Mais de 70 facções criminosas atuam em todo o país atualmente; jurista defende que recursos sejam rastreados

Para Pierpaolo Bottini, soluções devem ser pensadas de forma estratégica para conter o avanço do crime organizado. (Divulgação )

Para Pierpaolo Bottini, soluções devem ser pensadas de forma estratégica para conter o avanço do crime organizado. (Divulgação )

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Publicado em 10 de junho de 2024 às 10h26.

O desenvolvimento de soluções em tecnologia e inteligência para a segurança pública e que reflitam em medidas que enfraqueçam o crime organizado foi tema de painel no Fórum Esfera 2024, realizado neste fim de semana.

De acordo com o advogado criminalista Pierpaolo Bottini, as organizações criminosas têm expandido sua área de atuação para diferentes segmentos de atividades econômicas. Por isso, ele sugere que o foco do poder público seja rastrear os recursos utilizados pelos criminosos como lavagem de dinheiro. Estudo encomendado pela Esfera Brasil ao Fórum Nacional de Segurança Pública (FBSP) aponta que o País tem atualmente 72 facções criminosas e uma população carcerária de 650 mil detentos. O documento será apresentado com exclusividade em evento na véspera do XII Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal, no fim deste mês.

“A forma de enfrentar é sair do lugar comum, da receita comum. A gente precisa focar no combate à lavagem de dinheiro e gerenciar de maneira clara. Uma gestão organizada, que identifique onde estão os recursos do crime organizado”, apontou.

No mesmo painel, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, defendeu uma postura mais incisiva das forças de segurança e disse que o rigor no combate à criminalidade tem trazido bons resultados ao seu estado. Para o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, a União deve ter o papel de coordenar as ações de combate à criminalidade, uma vez que os estados possuem diferentes realidades. O presidente da Central Única das Favelas (Cufa), Preto Zezé, acrescentou que os municípios também devem estar integrados a uma política de segurança pública pensada de maneira estratégica.

“A verba está chegando na ponta, e estamos equipando nossas polícias para combater o crime, mas a União precisa de um papel mais contundente. Não se retoma territórios equiparando o estado à criminalidade. É preciso inteligência, baixa letalidade e um pacto nacional levando cidadania aos territórios”, justificou Sarrubbo.

“Hoje, o crime organizado não é mais uma questão social. Há bairros do Rio de Janeiro muito violentos, onde você tem 15 ou 20 escolas”, exemplificou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também painelista.

Para assistir ao evento completo, confira a transmissão gravada no canal da Esfera no YouTube. A cobertura também está no Instagram e no LinkedIn.

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