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Novos centros de pesquisa buscam soluções para problemas da sociedade

Com investimento de R$ 89,5 milhões, 15 laboratórios vão focar em assuntos de interesse de órgãos públicos

Vista aérea do Vale do Anhangabaú em São Paulo: centro começa a ter prédios comerciais reformados para residenciais para FIIs | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

Vista aérea do Vale do Anhangabaú em São Paulo: centro começa a ter prédios comerciais reformados para residenciais para FIIs | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

Em busca de novas soluções para problemas conhecidos da sociedade, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) anunciou no mês passado 15 novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs) que vão realizar pesquisas voltadas para diferentes áreas. O objetivo é que foquem em assuntos de interesse de órgãos públicos e relevantes principalmente para o desenvolvimento de São Paulo.  

Alguns dos temas que serão pesquisados são: desenvolvimento de biofármacos, inovação em políticas públicas urbanas, inovação tecnológica para emergências em saúde, soluções para resíduos, segurança hídrica, doenças humanas e animais, emissões de gases do efeito estufa, aprimoramento de vacinas, entre outros. No total, R$ 89,5 milhões serão investidos nos próximos anos nos novos centros.

Um centro de pesquisa apoiado na chamada anterior de CCDs que mostra a importância desse investimento em desenvolvimento é o BIOTa Síntese. O laboratório, baseado no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP), busca saídas para problemas como enchentes, secas, abastecimento de água e deslizamentos. A meta é que as respostas ali descobertas sejam aplicadas num prazo de cinco anos.

Outro exemplo é o Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Xenotransplante, que tem como objetivo desenvolver porcos geneticamente modificados que possam fornecer órgãos para serem transplantados em humanos sem gerar rejeição.

Segundo o diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, Carlos Américo Pacheco, a iniciativa valoriza as aplicações dos resultados, com metas de difusão e transferência de tecnologia, criação de novas empresas e outras iniciativas de impacto social ou econômico.

“Essa é a nossa versão do que chamamos de pesquisa orientada a missão. Temos enormes problemas nas várias secretarias de Estado e essa é uma maneira de ouvirmos os gestores públicos, alinharmos os temas de pesquisa e oferecermos chamadas que abordem problemas que as secretarias têm na gestão de políticas públicas. Nesses 15 centros que estamos criando, há um conjunto expressivo de instituições”, disse Pacheco durante a cerimônia de 60 anos da Fapesp, quando os novos centros foram anunciados.

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