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Xi Jinping visita Portugal para reforçar investimentos chineses

"Portugal é um importante ponto de conexão entre a Rota da Seda terrestre e a Rota da Seda marítima", destacou o presidente chinês

Presidente XI Jinping na cúpula do G20: O presidente chinês visitará Portugal nesta terça-feira (Sergio Moraes/Reuters)
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AFP

Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 09h02.

O presidente chinês, Xi Jinping , visitará Portugal nesta terça-feira para reforçar os laços econômicos estimulados por Pequim após a crise financeira que afetou o país europeu, onde o capital procedente da China tem um papel importante.

A visita de Estado de dois dias, que começará na terça-feira à tarde com uma reunião com o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, será marcada pela assinatura, na quarta-feira, de vários acordos de cooperação, incluindo um sobre a integração do porto português de Sines com as "novas rotas da seda".

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"Portugal é um importante ponto de conexão entre a Rota da Seda terrestre e a Rota da Seda marítima", destacou o presidente Xi em um artigo publicado no domingo na imprensa lusitana, em referência ao conjunto de projetos de infraestruturas para desenvolver as relações comerciais da China na Ásia, Europa e África.

O projeto provoca divisão entre os europeus. Alguns países aderiram, como a Grécia e várias nações do leste do continente, enquanto outros temem que o regime comunista amplia sua influência para o oeste.

A pedido de França e Alemanha, os países da UE debateram na semana passada um marco de controle dos investimentos estrangeiros, principalmente chineses.

"Nunca fomos muito favoráveis. Felizmente, a versão final deste acordo não prevê nenhum direito de veto", admitiu o primeiro-ministro português, Antonio Costa.

"Em Portugal não estamos preocupados com a origem do investimento estrangeiro", completou, antes de advertir que a "União Europeia não deve tomar o caminho do protecionismo para regular a globalização".

Afetado pela crise da dívida da Eurozona, Portugal obteve em 2011 um empréstimo de 78 bilhões de euros da UE e do FMI, em troca de severas medidas de austeridade orçamentária e um amplo programa de privatizações que abriu as portas para os primeiros investimentos da China.

Desde então, o país recebeu quase 6 bilhões de euros de capital chinês, que hoje domina a maior empresa portuguesa de ativos, o grupo Energias de Portugal (EDP), o maior banco privado do país, BCP, a principal seguradora, Fidelidade, e a gestora da rede elétrica, REN.

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