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Vitória estreita de Dilma impõe desafios, diz Moody's

Segundo a agência, a estreita margem é um sinal dos desafios que a presidente vai enfrentar enquanto busca impulsionar o crescimento

Dilma Rousseff acena para militantes após ser reeleita: a presidente precisará reconquistar a confiança dos investidores (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2014 às 12h01.

São Paulo - A reeleição da presidente Dilma Rousseff , no último domingo, tem fortes implicações para o rating soberano Baa2 do Brasil, assim como para a qualidade de crédito dos bancos, das empresas e das securitizações do país, afirma a Moody's em relatório.

Segundo a agência de classificação de risco, a estreita margem de vitória de Dilma é um sinal dos desafios que a presidente vai enfrentar enquanto busca impulsionar o fraco desempenho econômico do Brasil.

"A divisão nas urnas ilustra a polarização crescente do eleitorado no Brasil, o que potencialmente tem implicações significativas para a formulação de políticas nos próximos quatro anos", avalia a Moody's.

Por um lado, diz a agência, os seguidores do PT tendem a favorecer a continuidade, com ênfase particular nos programas de bem-estar social.

Por outro lado, Dilma precisará reconquistar a confiança dos investidores, seja para evitar qualquer redução adicional na capacidade de pagamento da dívida e, de maneira geral, promover o investimento do setor privado e o crescimento no médio prazo, de acordo com a Moody's.

No caso dos bancos, a Moody's prevê que o impacto dependerá do papel que os as instituições estatais desempenharem nos próximos anos. "Os esforços da administração Rousseff para fortalecer o crescimento econômico, combater a inflação e estimular a confiança dos empresários provavelmente irão demandar um reequilíbrio fiscal e monetário que poderia ter implicações consideráveis para as carteiras de crédito e lucros dos bancos públicos e privados no país", diz a agência.

Em relação às empresas, a continuidade da desvalorização do real, que ganhou força após a eleição, seria positiva para alguns setores exportadores, como os de papel e celulose, de mineração e de proteínas.

"Mas uma política fiscal mais rígida poderia levar a impostos mais elevados para o setor corporativo e a uma redução dos subsídios e incentivos, o que afetaria diversos setores", pondera a Moody's.

Ainda segundo a agência, ajustes das políticas fiscal e monetária, com o objetivo de estimular a economia brasileira, poderão enfraquecer a qualidade de crédito dos ativos subjacentes nas securitizações brasileiras e prejudicar seu desempenho.

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São Paulo - A reeleição da presidente Dilma Rousseff , no último domingo, tem fortes implicações para o rating soberano Baa2 do Brasil, assim como para a qualidade de crédito dos bancos, das empresas e das securitizações do país, afirma a Moody's em relatório.

Segundo a agência de classificação de risco, a estreita margem de vitória de Dilma é um sinal dos desafios que a presidente vai enfrentar enquanto busca impulsionar o fraco desempenho econômico do Brasil.

"A divisão nas urnas ilustra a polarização crescente do eleitorado no Brasil, o que potencialmente tem implicações significativas para a formulação de políticas nos próximos quatro anos", avalia a Moody's.

Por um lado, diz a agência, os seguidores do PT tendem a favorecer a continuidade, com ênfase particular nos programas de bem-estar social.

Por outro lado, Dilma precisará reconquistar a confiança dos investidores, seja para evitar qualquer redução adicional na capacidade de pagamento da dívida e, de maneira geral, promover o investimento do setor privado e o crescimento no médio prazo, de acordo com a Moody's.

No caso dos bancos, a Moody's prevê que o impacto dependerá do papel que os as instituições estatais desempenharem nos próximos anos. "Os esforços da administração Rousseff para fortalecer o crescimento econômico, combater a inflação e estimular a confiança dos empresários provavelmente irão demandar um reequilíbrio fiscal e monetário que poderia ter implicações consideráveis para as carteiras de crédito e lucros dos bancos públicos e privados no país", diz a agência.

Em relação às empresas, a continuidade da desvalorização do real, que ganhou força após a eleição, seria positiva para alguns setores exportadores, como os de papel e celulose, de mineração e de proteínas.

"Mas uma política fiscal mais rígida poderia levar a impostos mais elevados para o setor corporativo e a uma redução dos subsídios e incentivos, o que afetaria diversos setores", pondera a Moody's.

Ainda segundo a agência, ajustes das políticas fiscal e monetária, com o objetivo de estimular a economia brasileira, poderão enfraquecer a qualidade de crédito dos ativos subjacentes nas securitizações brasileiras e prejudicar seu desempenho.

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