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Vitória de Trump dificulta meta da Opep de sustentar preços

Com a vitória do republicano, o cartel de produtores de petróleo pode ter que enfrentar uma perspectiva mais difícil para a economia global

Sede da Opep: organização também enfrenta a perspectiva de uma crescente produção de petróleo dos EUA (Wikimedia Commons)
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Reuters

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 11h41.

Dubai / Londres - A meta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo ( Opep ) de tentar impulsionar os preços do petróleo acaba de tornar-se mais difícil.

Com a vitória de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos, o cartel de produtores de petróleo pode ter que enfrentar uma perspectiva mais difícil para a economia global e uma demanda mais fraca por combustíveis.

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A Opep também enfrenta a perspectiva de uma crescente produção de petróleo dos EUA, que já tem ajudado a promover um excesso de oferta global, uma vez que Trump prometeu abrir todas as terras e águas federais para exploração de combustíveis fósseis.

Mesmo a dinâmica interna da Opep poderá mudar, com a promessa de Trump de apertar as políticas sobre o Irã, em um momento em que petroleiras estrangeiras começam lentamente a voltar à República Islâmica.

"Apertem os cintos de segurança para mais turbulência e incerteza na economia global à frente", disse o historiador especializado em petróleo Daniel Yergin, vice-presidente da consultoria IHS Markit.

"O resultado da eleição dos Estados Unidos aumenta os desafios para os exportadores de petróleo porque deverá levar a um crescimento econômico mais lento em uma economia global que já é frágil. E isso significa mais pressão sobre a demanda por petróleo", acrescentou o analista.

Os preços do petróleo Brent chegaram a cair quase 4 por cento nesta quarta-feira, após a notícia da vitória de Trump, mas devolveram quase todas as perdas ao longo da manhã.

A Opep irá reunir-se oficialmente em 30 de novembro em um esforço para reduzir a produção do grupo e o excedente global de petróleo, que derrubou os preços da commodity pela metade ante níveis de 2014.

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