Violência ainda não atinge petróleo iraquiano, mas preocupa
Militantes da Al Qaeda ocuparam cidades importantes na semana passada
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 11h23.
Londres/Arbil - A indústria petroleira iraquiana e seus investidores estrangeiros não veem motivo para pânico depois que militantes da Al Qaeda ocuparam cidades importantes na semana passada, já que a conturbada província de Anbar fica muito distante dos principais campos de exploração petrolífera.
No entanto, a violência, em parte decorrente da guerra civil na vizinha síria, trouxe inquietação a respeito da segurança de oleodutos e outras instalações, concentradas no nordeste e sudeste do Iraque.
Novos indícios de rejeição do governo de Bagdá por parte da minoria sunita, que compõe um terço da população iraquiana, turvam a perspectiva de que a economia se estabilize em longo prazo, após uma década de instituições dominadas pela maioria xiita, desde a intervenção militar norte-americana que derrubou o ditador Saddam Hussein.
O Iraque espera registrar em 2014 a maior expansão da sua indústria petrolífera no período pós-Saddam, confirmando sua posição como segundo maior exportador da Opep, atrás da Arábia Saudita, resultado que reflete os investimentos feitos no setor.
Deve contribuir para isso também a resolução de uma polêmica entre Bagdá e os líderes curdos a respeito da partilha dos dividendos, o que vinha impedindo exportações de petróleo do norte iraquiano.
Os especialistas internacionais em geral consideram irreal a meta adotada pelo governo para este ano de exportação de 3,4 milhões de barris diários, ou 1 milhão de barris por dia a mais do que em 2013. Um resultado de 2,8 milhões parece factível, desde que os militantes não atrapalhem.
"“O Iraque tem potencial para um crescimento recorde neste ano”", disse um executivo envolvido em um grande campo petrolífero próximo da cidade de Basra, no sul. "“Mas estou bastante preocupado com a deterioração na situação de segurança.”" O primeiro-ministro Nuri al Maliki já mobilizou tropas para tentar expulsar os militantes da Al Qaeda da cidade de Falluja, na província de Anbar, onde os árabes sunitas são maioria.
Mas Falluja, embora fique a apenas uma hora de Bagdá, está a 600 quilômetros de Basra, principal centro petrolífero nacional, numa área de população xiita, e a 400 quilômetros da capital curda, Arbil, no norte.
Tanto no norte quanto no sul, os insurgentes enfrentam muitos obstáculos para atacar instalações petrolíferas, já que esses territórios estão habitados e policiados por curdos e xiitas que lhe são hostis.
“No próximo ano, a elevação da violência não deverá impactar materialmente a produção petrolífera e as exportações do sul do Iraque”, escreveram os analistas da consultoria Eurasia Group.
Londres/Arbil - A indústria petroleira iraquiana e seus investidores estrangeiros não veem motivo para pânico depois que militantes da Al Qaeda ocuparam cidades importantes na semana passada, já que a conturbada província de Anbar fica muito distante dos principais campos de exploração petrolífera.
No entanto, a violência, em parte decorrente da guerra civil na vizinha síria, trouxe inquietação a respeito da segurança de oleodutos e outras instalações, concentradas no nordeste e sudeste do Iraque.
Novos indícios de rejeição do governo de Bagdá por parte da minoria sunita, que compõe um terço da população iraquiana, turvam a perspectiva de que a economia se estabilize em longo prazo, após uma década de instituições dominadas pela maioria xiita, desde a intervenção militar norte-americana que derrubou o ditador Saddam Hussein.
O Iraque espera registrar em 2014 a maior expansão da sua indústria petrolífera no período pós-Saddam, confirmando sua posição como segundo maior exportador da Opep, atrás da Arábia Saudita, resultado que reflete os investimentos feitos no setor.
Deve contribuir para isso também a resolução de uma polêmica entre Bagdá e os líderes curdos a respeito da partilha dos dividendos, o que vinha impedindo exportações de petróleo do norte iraquiano.
Os especialistas internacionais em geral consideram irreal a meta adotada pelo governo para este ano de exportação de 3,4 milhões de barris diários, ou 1 milhão de barris por dia a mais do que em 2013. Um resultado de 2,8 milhões parece factível, desde que os militantes não atrapalhem.
"“O Iraque tem potencial para um crescimento recorde neste ano”", disse um executivo envolvido em um grande campo petrolífero próximo da cidade de Basra, no sul. "“Mas estou bastante preocupado com a deterioração na situação de segurança.”" O primeiro-ministro Nuri al Maliki já mobilizou tropas para tentar expulsar os militantes da Al Qaeda da cidade de Falluja, na província de Anbar, onde os árabes sunitas são maioria.
Mas Falluja, embora fique a apenas uma hora de Bagdá, está a 600 quilômetros de Basra, principal centro petrolífero nacional, numa área de população xiita, e a 400 quilômetros da capital curda, Arbil, no norte.
Tanto no norte quanto no sul, os insurgentes enfrentam muitos obstáculos para atacar instalações petrolíferas, já que esses territórios estão habitados e policiados por curdos e xiitas que lhe são hostis.
“No próximo ano, a elevação da violência não deverá impactar materialmente a produção petrolífera e as exportações do sul do Iraque”, escreveram os analistas da consultoria Eurasia Group.