Venezuela tem novo mercado de câmbio, mais flexível
"É a 1ª vez que vemos as autoridades relaxarem explicitamente os controles, que vinham sendo apertados gradualmente nos últimos 15 anos", disse estrategista
Da Redação
Publicado em 23 de março de 2014 às 17h47.
Caracas - O mercado flexível de câmbio começa a funcionar nesta segunda-feira na Venezuela , abrindo espaço para uma nova maxidesvalorização do bolívar. De acordo com o governo, a cotação do dólar diante da moeda venezuelana deverá ser determinada pela oferta e pela demanda.
"É a primeira vez que vemos as autoridades relaxarem explicitamente os controles, que vinham sendo apertados gradualmente nos últimos 15 anos", disse o estrategista Hernán Yellati, do BankTrust & Co. Segundo ele, a liberalização do câmbio é a maneira mais pragmática para o governo do presidente Nicolás Maduro lidar com a frustração dos venezuelanos.
Desde o fim de fevereiro, uma série de protestos de rua de estudantes e da classe média alta contra o governo socialista provocou cerca de 30 mortos. Os protestos, inicialmente contra a criminalidade, passaram também contra a política econômica do governo.
Funcionários do governo disseram que só vão intervir no Sicad 2, o nome do novo mercado, para prevenir volatilidade excessiva. Mas o governo continuará controlando esse mercado, já que o Banco Central e empresas como a estatal Petróleos de Venezuela (PdVSA) serão os principais provedores de dólares.
"Tendo em vista a experiência anterior, a probabilidade de sucesso não é grande. Administrativamente, eles não tiveram sucesso com nada do que fizeram até agora, e no fim das contas, não há dólares suficientes para abastecer o mercado", disse Russ Dallen, da Caracas Capital Markets.
O ministro do Petróleo, Rafael Ramírez, disse que o novo mercado será transparente e "é a questão mais importante em nossa busca por equilíbrio econômico". Fonte: Dow Jones Newswires.
Caracas - O mercado flexível de câmbio começa a funcionar nesta segunda-feira na Venezuela , abrindo espaço para uma nova maxidesvalorização do bolívar. De acordo com o governo, a cotação do dólar diante da moeda venezuelana deverá ser determinada pela oferta e pela demanda.
"É a primeira vez que vemos as autoridades relaxarem explicitamente os controles, que vinham sendo apertados gradualmente nos últimos 15 anos", disse o estrategista Hernán Yellati, do BankTrust & Co. Segundo ele, a liberalização do câmbio é a maneira mais pragmática para o governo do presidente Nicolás Maduro lidar com a frustração dos venezuelanos.
Desde o fim de fevereiro, uma série de protestos de rua de estudantes e da classe média alta contra o governo socialista provocou cerca de 30 mortos. Os protestos, inicialmente contra a criminalidade, passaram também contra a política econômica do governo.
Funcionários do governo disseram que só vão intervir no Sicad 2, o nome do novo mercado, para prevenir volatilidade excessiva. Mas o governo continuará controlando esse mercado, já que o Banco Central e empresas como a estatal Petróleos de Venezuela (PdVSA) serão os principais provedores de dólares.
"Tendo em vista a experiência anterior, a probabilidade de sucesso não é grande. Administrativamente, eles não tiveram sucesso com nada do que fizeram até agora, e no fim das contas, não há dólares suficientes para abastecer o mercado", disse Russ Dallen, da Caracas Capital Markets.
O ministro do Petróleo, Rafael Ramírez, disse que o novo mercado será transparente e "é a questão mais importante em nossa busca por equilíbrio econômico". Fonte: Dow Jones Newswires.