Economia

Vendas no varejo caem 0,28% em novembro

As vendas no varejo caíram 0,28% em novembro. Essa queda foi em relação a novembro de 2001. O volume acumulado de vendas do ano cai 0,16% em relação ao mesmo período do ano passado. Contra novembro de 2001, valor nominal das vendas aumentou 12,79% e acumula alta de 7,04% no ano, em relação a janeiro-novembro […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h11.

As vendas no varejo caíram 0,28% em novembro. Essa queda foi em relação a novembro de 2001. O volume acumulado de vendas do ano cai 0,16% em relação ao mesmo período do ano passado. Contra novembro de 2001, valor nominal das vendas aumentou 12,79% e acumula alta de 7,04% no ano, em relação a janeiro-novembro de 2001, segundo relatório do IBGE.

Em novembro, o comércio varejista do país voltou a retrair seu volume de vendas ao assinalar taxa de variação de -0,28% com relação a novembro de 2001. Este resultado pouco alterou os patamares de variação dos indicadores acumulados, cujas taxas se estabeleceram em - 0,16% na comparação janeiro-novembro 02/janeiro-novembro 01 e em -0,47% no acumulado dos últimos 12 meses. Já o valor nominal das vendas, além de positivo, aumentou o ritmo de crescimento, registrando taxas de variação este mês da ordem de 12,79% sobre novembro do ano anterior; 7,04% no acumulado do ano; e 6,67% no acumulado dos últimos 12 meses.

Das 27 unidades da Federação que são avaliadas, 10 assinalaram queda no volume de vendas em novembro. As maiores contribuições negativas vieram de São Paulo (-1,26%); Bahia (-3,70%); Rio Grande do Sul (-1,69%); e Goiás (-3,37%); e as positivas, de Minas Gerais (3,23%); Santa Catarina (3,32%); e Pernambuco (2,49%).

Por atividades, o resultado mensal negativo do setor varejista deveu-se às reduções no volume de vendas de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com -1,50% de taxa de variação sobre novembro/01, e de Móveis e eletrodomésticos (-1,86%). Na mesma comparação, cresceu o volume de vendas de Combustíveis e lubrificantes (4,15%); Tecidos, vestuário e calçados (0,45%); e Demais artigos de uso pessoal e doméstico (0,44%).

A taxa de -1,50% registrada por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo representa a terceira queda consecutiva do volume de vendas da atividade. Este comportamento deve-se ao agravamento do quadro macroeconômico do país a partir do segundo semestre do ano, coincidindo mais especificamente com o período de aceleração dos índices de preços, cujo maior incremento se estabeleceu no grupo de Alimentação e bebidas, afetando naturalmente o nível de consumo desses produtos.

O volume acumulado de vendas do segmento nos onze primeiros meses de 2002 caiu 1,06% com relação ao do mesmo período do ano anterior; com ampliação da taxa para -1,21% no que se refere ao indicador acumulado dos últimos 12 meses. O ramo específico de Hipermercados e supermercados obteve quedas menores, com variações no volume de vendas de -0,43% e de -0,56% nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, respectivamente.

Com redução no volume de vendas de 1,86% na relação novembro 02/novembro 01, a atividade de Móveis e eletrodomésticos também chega ao terceiro mês consecutivo de queda. No acumulado de janeiro a novembro a atividade ainda apresenta resultado positivo, de 0,58% sobre igual período de 2001, com taxa negativa, porém, no acumulado dos últimos 12 meses (-0,10%).

Depois de significativo crescimento de vendas durante o trimestre abril-junho, decorrente da recomposição da demanda reprimida pelo racionamento de energia elétrica, o segmento de Móveis e eletrodomésticos voltou a decrescer, afetado especialmente pela manutenção de elevadas taxas de juros do Crédito Direto ao Consumidor e pela queda real nos rendimentos médios das pessoas ocupadas que, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego e Rendimentos, variou -3,8% no acumulado dos dez primeiros meses de 2002 para o conjunto das seis maiores regiões metropolitanas do país.

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