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Vendas no comércio crescem 6,24% em janeiro

Atividades do varejo desaceleraram, mas segmentos como o de móveis e eletrodomésticos ainda apresentam fortes aumentos de vendas

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h16.

O comércio varejista encerrou janeiro com uma expansão de 6,24% no volume de vendas, em relação ao mesmo mês do ano passado. Em receita nominal, o crescimento foi de 12,96%. Apesar de elevado, o desempenho marca uma desaceleração em relação a dezembro, quando as vendas cresceram 11,42%, em volume, e 18,74%, em receita, em relação a dezembro de 2003.

A maior base de comparação com janeiro de 2004, quando o nível de atividade econômica começava a dar sinais de retomada em relação ao fraco desempenho do ano anterior, explica parte da desaceleração verificada no início de 2005, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses até janeiro, o comércio elevou as vendas em 9,25%, em volume, e 13,17%, em receita. O desempenho do varejo é um dos indicadores mais importantes para medir a força daretomada do mercado domésticosinal de que o crescimento da economia não depende mais tanto do setor externo.

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Alguns ramos importantes do comércio brasileiro apresentaram desempenho abaixo da média ou empataram com ela. É o caso do comércio de tecidos, vestuário e calçados, cujo volume de vendas cresceu 4,15%. A receita do setor porém, subiu mais que a média: 14,98%. Devido a vários resultados negativos em 2004, o setor acumula um crescimento, nos 12 meses até janeiro, de 4,87% em volume a metade do registrado pelo comércio como um todo.

Já os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentaram um desempenho bastante próximo da média, com aumento de 6,33% em volume e 9,63% em faturamento. De acordo com o IBGE, quando se considera apenas os hipermercados e os supermercados, o desempenho é um pouco melhor. O volume de vendas subiu 6,56% em janeiro.

Acima da média

Alguns setores, contudo, continuam registrando resultados bem expressivos. O comércio de móveis e eletrodomésticos, por exemplo, foi o principal destaque de janeiro, com uma alta de 19,59% em volume e 26,27% em receita. Outros artigos de uso doméstico e pessoal também apresentaram um incremento importante, de 11,59% em volume e 19,99% em faturamento.

O volume de vendas de combustíveis e lubrificantes, porém, caiu 1,07% em relação a janeiro de 2004, embora o faturamento tenha crescido 15,3% na mesma comparação. O consumo de livros, jornais, revistas e artigos de papelaria também recuou 7,62% em volume e 0,57% em faturamento.

De acordo com o IBGE, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro respondem por quase metade da receita de vendas do varejo brasileiro. Ambos ficaram abaixo da média nacional. No Rio, o volume de vendas subiu apenas 2,32%. Em São Paulo, a alta foi de 6,06%. As maiores expansões foram registradas em Alagoas (23,47%) e Rio Grande do Norte (18,77%). Já Tocantins e Roraima foram os únicos estados com desempenho negativo no mês: -4,34% e 3,82%, respectivamente.

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