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Vendas do comércio caem em fevereiro depois de quatro altas

Setor registrou queda de 4,13% nas vendas e de 1,95% na receita no mês na comparação com janeiro

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h16.

As vendas do comércio interromperam uma seqüência de crescimento que haviam acumulado desde outubro de 2005 e caíram 4,13% frente a janeiro. Com isso, a receita do setor também perdeu e ficou 1,95% abaixo do registrado no mês anterior, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta terça-feira (19/04).

O resultado negativo, no entanto, se limitou à comparação com janeiro. Contra o mesmo mês de 2005, fevereiro mostrou fôlego, com aumento de 5,35% nas vendas e de 7,87% da receita. O desempenho do comércio também é positivo no acumulado do primeiro bimestre do ano, uma alta de 5,96% nas vendas e de 8,71% na receita.

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Para Adriano Pitoli, analista da consultoria Tendências, são esses números de crescimento, e não a queda contra janeiro, que devem ser analisados. Ele lembra que o primeiro mês do ano teve um alta mais forte do que o esperado - de 2,35% -, o que elevou a base de comparação. Além disso, dados como as vendas acumuladas nos últimos doze meses - que somam alta de 5,08% - indicam que a tendência é que o varejo só tenha bons resultados à frente. "Os indicadores de emprego voltaram a melhorar, e esse é um dado muito forte, robusto, para sustentar ganho adicional nas vendas de comércio", diz. Em fevereiro, o número de ocupados no Brasil mostrou avanço de 2,5% frente ao mesmo mês de 2005 e estabilidade contra janeiro.

Outro pilar que garante boas perspectivas, diz Pitoli, é a expansão do crédito - que já representa 31,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Maior emprego e melhores condições de empréstimos, segundo o analista, reforçarão o fluxo de brasileiros nas lojas, que deve ainda receber a contribuição de um outro fator: "A confiança do consumidor vem se recuperando depois de ser abalada em meados do terceiro trimestre de 2005, quando muito provavelmente foi contaminada pelo ápice da crise política", diz. Para o total de 2006, Pitoli espera que o comércio cresça 5% em volume de vendas, taxa pouco superior à registrada em 2005, de 4,76%.

Setores

Na comparação com fevereiro de 2005, o segundo mês de 206 mostrou crescimento em seis das oito atividades pesquisadas. As que indicaram resultados mais positivos foram equipamentos e material para escritório, informática e comunicação - com alta de 43,78% nas vendas -, móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 10,45% e artigos de uso pessoal e doméstico (avanço de 8,57%).

Com alta de 7,27%, o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foi destacado pelo IBGE, que afirmou que esta foi "a mais elevada taxa mensal de desempenho da atividade desde abril de 2005, justificada, provavelmente, pela redução dos preços de alimentos nos últimos meses, bem como pela melhora nos níveis de ocupação e rendimento médio real em relação a fevereiro de 2005".

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