O câmbio deve sofrer pressão ao longo desta semana. Nesta segunda-feira, o Banco Central oferta o equivalente a 800 milhões de dólares em swaps cambiais (400 milhões de dóalres com vencimento em 1/4/2003, 300 milhões de dólares com vencimento em 1/7/2003 e 100 milhões de dólares com

vencimento em 3/1/2005), onde valem o dólar médio de sexta-feira (Ptax).

Este leilão visa rolar parte do vencimento de cerca de 2,3 bilhão de dólares em swaps cambiais que ocorrerá em 2 de dezembro. Incluindo este vencimento, vencem até o final de 2002 o equivalente a cerca de 6 bilhões de dólares em títulos e swaps cambiais.

Apesar disso, na avaliação de Rodrigo Boulos, diretor-adjunto de tesouraria do Banco Santos, a moeda norte-americana deve continuar oscilando entre R$ 3,50 e R$ 3,60. "Num dia ou outro ela pode fechar um pouco acima, mas será uma alta pontual", diz Boulos.

Ele também acredita que, apesar de a Bolsa estar seguindo tendência de alta, ela não deve ultrapassar a barreira dos 11 mil pontos: "O mercado está otimista, mas ao mesmo tempo cauteloso".

Na opinião de Angelo Larozi, analista de investimento da corretora Souza Barros, a questão política também continuará atraindo a atenção do mercado, de olho em qualquer indicação de possíveis nomes do governo Lula.

Larozi também identifica otimismo no mercado: "Na semana passada, foi possível notar uma tímida volta de investidores estrangeiros. Isso ficou sinalizado nos dias em que o movimento da Bovespa ficou em torno de R$ 600 milhões". A média gira em torno de R$ 500 milhões.

Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 0,99%, embora na semana tenha acumulado desvalorização de 3,26%. A moeda encerrou os negócios a R$ 3,56 para venda e R$ 3,555 para compra.