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UE pede por união bancária na zona do euro

Investidores estão preocupados de que as finanças públicas na Espanha, que já está sofrendo para cortar seu grande déficit orçamentário, ficarão insustentáveis

O pedido aparenta direcionar diretamente as preocupações do mercado com os problemas no sistema bancário espanhol (Ralph Orlowski/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2012 às 11h06.

Bruxelas - A zona do euro deve se mover em direção a uma união bancária e considerar recapitalizar diretamente os bancos com o fundo de resgate permanente, informou nesta quarta-feira a Comissão Europeia em suas recomendações econômicas anuais, dando atenção à Espanha.

O pedido, em documentos destacando a estratégia econômica para a zona do euro, aparenta direcionar diretamente as preocupações do mercado com os problemas no sistema bancário espanhol e o custo do governo para resgatar seus bancos -um fator que tem levado os custos de empréstimo do país para níveis insustentáveis.

Investidores estão preocupados de que as finanças públicas na Espanha, que já está sofrendo para cortar seu grande déficit orçamentário em tempos de recessão, ficarão insustentáveis se o país for forçado a resgatar seus bancos, depois que uma bolha no mercado imobiliário estourou e quase deixou todos os bancos carregados com empréstimos imobiliários ruins.

A Comissão, que é o braço executivo da União Europeia, disse que o círculo vicioso de empréstimos entre bancos fracos e países soberanos endividados precisava ser quebrado.

"Uma integração mais próxima entre os países da zona do euro em estruturas e práticas de fiscalização, numa administração de crise internacional e compartilhamento de dívida, em direção a uma 'união bancária', seria um importante complemento para a estrutura atual da união econômica e monetária da Europa", disse a Comissão.

"No mesmo sentido, romper a ligação entre os bancos e os Estados soberanos e recapitalizar diretamente pelo ESM (Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira) pode ser previsto", informou o documento.

O fundo permanente de resgate da zona do euro, o ESM, que começa a funcionar em julho, não pode emprestar diretamente aos bancos de acordo com suas regras atuais, mas apenas para Estados soberanos, mesmo se for para uma proposta específica de recapitalização.

Numa avaliação separada dos planos fiscais e de reforma da Espanha, a Comissão disse que embora Madri tenha feito muito para ajudar seus bancos, ainda precisa deter a fraqueza remanescente do setor financeiro.

"As reformas recentes ajudaram a acelerar a reestruturação do sistema bancário, que deve continuar. No entanto, garantir a estabilidade do setor financeiro ainda é um desafio", disse a Comissão. "Dado o risco de estresse de financiamento bancário, é necessário continuar o fortalecimento da base de capital dos bancos." (Reportagem adicional de Robert Hetz e Julien Toyern em Madri)

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Bruxelas - A zona do euro deve se mover em direção a uma união bancária e considerar recapitalizar diretamente os bancos com o fundo de resgate permanente, informou nesta quarta-feira a Comissão Europeia em suas recomendações econômicas anuais, dando atenção à Espanha.

O pedido, em documentos destacando a estratégia econômica para a zona do euro, aparenta direcionar diretamente as preocupações do mercado com os problemas no sistema bancário espanhol e o custo do governo para resgatar seus bancos -um fator que tem levado os custos de empréstimo do país para níveis insustentáveis.

Investidores estão preocupados de que as finanças públicas na Espanha, que já está sofrendo para cortar seu grande déficit orçamentário em tempos de recessão, ficarão insustentáveis se o país for forçado a resgatar seus bancos, depois que uma bolha no mercado imobiliário estourou e quase deixou todos os bancos carregados com empréstimos imobiliários ruins.

A Comissão, que é o braço executivo da União Europeia, disse que o círculo vicioso de empréstimos entre bancos fracos e países soberanos endividados precisava ser quebrado.

"Uma integração mais próxima entre os países da zona do euro em estruturas e práticas de fiscalização, numa administração de crise internacional e compartilhamento de dívida, em direção a uma 'união bancária', seria um importante complemento para a estrutura atual da união econômica e monetária da Europa", disse a Comissão.

"No mesmo sentido, romper a ligação entre os bancos e os Estados soberanos e recapitalizar diretamente pelo ESM (Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira) pode ser previsto", informou o documento.

O fundo permanente de resgate da zona do euro, o ESM, que começa a funcionar em julho, não pode emprestar diretamente aos bancos de acordo com suas regras atuais, mas apenas para Estados soberanos, mesmo se for para uma proposta específica de recapitalização.

Numa avaliação separada dos planos fiscais e de reforma da Espanha, a Comissão disse que embora Madri tenha feito muito para ajudar seus bancos, ainda precisa deter a fraqueza remanescente do setor financeiro.

"As reformas recentes ajudaram a acelerar a reestruturação do sistema bancário, que deve continuar. No entanto, garantir a estabilidade do setor financeiro ainda é um desafio", disse a Comissão. "Dado o risco de estresse de financiamento bancário, é necessário continuar o fortalecimento da base de capital dos bancos." (Reportagem adicional de Robert Hetz e Julien Toyern em Madri)

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