UE nega que desabamento na Itália esteja ligado a restrições orçamentárias
Ao falar sobre o desabamento em Gênova, o ministro do Interior criticou os limites de gastos orçamentários e as relacionou à segurança da infraestrutura
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de agosto de 2018 às 11h14.
Bruxelas - A União Europeia rejeitou uma alegação vinda da Itália de que o colapso de uma ponte na cidade de Gênova nesta semana esteja de alguma forma ligado a restrições orçamentárias impostas fora do país.
Um porta-voz da UE, Christian Spahr, reagiu hoje depois que o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, criticou regras que limitam gastos orçamentários e as relacionou à segurança da infraestrutura do país.
A zona do euro tem criticado a Itália por apresentar déficits orçamentários e apelado a Roma que controle os gastos públicos.
Spahr comentou que "chegou a hora de esclarecer as coisas", apontando que o plano orçamentário da UE para 2014 a 2020 prevê que a Itália receba cerca de 2,5 bilhões de euros para redes de infraestrutura, incluindo estradas.
O porta-voz acrescentou que, em abril, a UE aprovou um plano para estradas italianas que permite investimentos de cerca de 8,5 bilhões de euros, incluindo na região de Gênova.
Na terça-feira (14), o trecho de uma ponte de uma estrada em Gênova, no norte da Itália, sofreu um desabamento, causando a morte de pelo menos 39 pessoas.