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UE descarta mudar padrões se Brasil quiser renegociar acordo com Mercosul

Presidente do Conselho da UE disse não irá rebaixar os padrões para o setor de agricultura ou de produtos industriais

União Europeia: declaração de Bolsonaro sobre a relação entre Mercosul e o Bloco deu ensejo ao posicionamento do bloco (/Yannis Behrakis/Reuters)
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EFE

Publicado em 9 de novembro de 2018 às 15h48.

Bruxelas - A presidência do Conselho da União Europeia (UE) advertiu nesta sexta-feira, 9, que não rebaixará "padrões" caso o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro , queira revisar o acordo de associação negociado com o Mercosul .

"Vimos as eleições no Brasil e o que foi dito durante a campanha, que nos indica que o Brasil quer renegociar e reabrir o que já foi conquistado" até o momento, indicou à imprensa a ministra da Economia da Áustria, Margarete Schramböck, em sua chegada a um Conselho de ministros de Comércio da UE.

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"Do meu ponto de vista, não vamos ceder em nada que rebaixe os padrões da Europa, tanto em agricultura como em produtos industriais", comentou a presidente, que ocupa o cargo de forma rotativa.

"Não sabemos nada do novo governo do Brasil", disse, por sua vez, a comissária europeia de Comércio, Cecilia Malmström, após ser questionada sobre o acordo que a UE negocia com o Mercosul desde 2000. Cecilia explicou que por enquanto seu interlocutor é "o atual governo" do Brasil.

"Isso é o que fazemos e no ano que vem veremos o que acontece. Por isso estamos tentando dar o último impulso ou pelo menos o bastante para deixar o acordo verdadeiramente próximo", para então "discuti-lo com o novo governo", concluiu.

A comissária indicou que os contatos entre a UE e o Mercosul se "intensificaram" nas últimas semanas e que "estamos tendo progressos, mas ainda há coisas a fazer".

Os negociadores de ambos os blocos iniciarão na próxima segunda-feira em Bruxelas uma nova rodada de negociação com a intenção de dar um impulso técnico e político aos assuntos pendentes.

"A UE continua comprometida com uma conclusão bem-sucedida de um acordo ambicioso, equilibrado e mutuamente benéfico com o Mercosul assim que estiverem presentes todos os elementos necessários", apontaram fontes comunitárias.

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