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Trump quer bloquear China Mobile nos EUA por preocupação com segurança

Em meio a tensões comerciais com a China, Trump quer impedir que a maior operadora de telefonia do mundo ofereça serviços nos EUA

Nós pedimos que o lado relevante dos Estados Unidos abandone a Guerra Fria e jogos de soma zero, disse o porta-voz chines (Hyungwon Kang/Reuters)
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Reuters

Publicado em 3 de julho de 2018 às 09h59.

Xangai/Hong Kong - O governo dos Estados Unidos deu um passo para impedir que a China Mobile ofereça serviços ao mercado de telecomunicações do país, recomendando que sua aplicação seja rejeitada porque a empresa representa riscos à segurança nacional.

A medida do governo do presidente Donald Trump acontece em meio a crescentes atritos comerciais entre Washington e Pequim. Os Estados Unidos devem impor tarifas sobre o equivalente a 34 bilhões de dólares de bens da China em 6 de julho, ação que deve disparar uma resposta da China, com suas próprias tarifas.

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A Comissão Federal de Comunicação (FCC, na sigla em inglês) deveria negar o pedido de 2011 da estatal chinesa para oferecer serviços de telecomunicações entre os EUA e outros países, disse a Administração Nacional de Telecomunicações e Informação (NTIA, na sigla em inglês), em comunicado publicado em seu site.

"Após engajamento significativo com a China Mobile, as preocupações sobre o aumento dos riscos para a segurança dos EUA e os interesses de segurança nacional não puderam ser resolvidas", disse o comunicado, citando David Redl, secretário-assistente para comunicações e informação do Departamento de Comércio, do qual a NTIA faz parte.

A China Mobile, maior operadora de telefonia do mundo com 899 milhões de clientes, não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários feitos pela Reuters na terça-feira.

Entretanto, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês Lu Kang, disse em resposta a uma pergunta sobre a China Mobile durante um briefing diário: "Nós pedimos que o lado relevante dos Estados Unidos abandone a Guerra Fria e jogos de soma zero".

A China sempre encoraja suas empresas a operar de acordo com regras de mercado e respeito às leis dos países onde opera, disse ele, acrescentando que os EUA deveria parar de colocar "pressão não razoável" sobre empresas chinesas.

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