Trump está pronto para intensificar guerra comercial com a China, diz site
O governo estaria esperando a consulta pública acabar na próxima semana, para adotar tarifas sobre mais 200 bilhões de dólares em importações chinesas
Reuters
Publicado em 31 de agosto de 2018 às 11h16.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , está preparado para intensificar rapidamente a guerra comercial com a China e afirmou a seus assessores que está pronto para adotar tarifas sobre mais 200 bilhões de dólares em importações chinesas assim que o período de consulta pública sobre o plano acabar na próxima semana, informou a Bloomberg News na quinta-feira.
A Casa Branca recusou-se a comentar sobre a matéria da Bloomberg, que citou seis fontes não identificadas e mexeu nos mercados. O índice acionário S&P atingiu mínimas da sessão, o dólar, o iuan e os rendimentos dos Treasuries também caíram.
Washington exige que Pequim melhore o acesso ao mercado e as proteções à propriedade intelectual para empresas dos EUA, reduza os subsídios industriais e corte o déficit comercial de 375 bilhões de dólares.
As duas maiores economias do mundo já aplicaram tarifas sobre 50 bilhões de dólares em produtos um do outro. Negociações com o objetivo de reduzir as tensões terminaram na semana passada sem grandes avanços.
"Os chamados métodos de linha dura e de pressão do lado dos EUA não funcionarão com a China, e não ajudam a resolver o problema", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, nesta sexta-feira quando questionada sobre a informação.
A posição da China é resolver a questão através de discussões pragmáticas sobre uma base de igualdade, que é o que a comunidade internacional quer ver, completou ela.
As novas tarifas de 25 por cento propostas por Washington afetarão produtos ao consumidor como materiais para construção de moradias, produtos tecnológicos, bicicletas e vestuário,
O período de consulta pública sobre a proposta termina em 6 de setembro e Trump planeja impor as tarifas após esse prazo, disse a Bloomberg.