Trump e Yellen: um encontro sobre o futuro do Fed
ÀS SETE - A atual presidente do banco foi indicada por Obama e é a primeira mulher a ocupar o cargo; Trump pode querer mantê-la a frente da insituíção
Da Redação
Publicado em 19 de outubro de 2017 às 06h35.
Última atualização em 19 de outubro de 2017 às 07h16.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve continuar hoje sua cruzada contra o legado do ex-presidente Barack Obama. Nesta quinta-feira, Trump se reúne com a presidente do Fed , o banco central americano, Janet Yellen, para discutir o futuro do banco e também da política monetária do país.
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O mandato de Yellen se encerra em fevereiro, quando completam anos que ela está à frente do Fed. Yellen foi indicada por Obama e é a primeira mulher a ocupar o cargo.
Trump não fez nenhuma crítica a Yellen, ou à atuação do Fed, durante seu governo, apesar de ter atacado a política monetária de Obama e a própria Yellen durante a campanha no ano passado.
Na verdade, o presidente até considera que Yellen possa ser indicada para um segundo mandato em fevereiro. Mas o presidente já se descreveu como uma “pessoa que defende taxas de juros baixas”, enquanto que Yellen tem uma posição moderada, tendo elevado a taxa pela primeira vez em quase uma década no final de 2015, além de outras quatro vezes desde então.
Mas o nome dela pode ser barrado pelo partido republicano no Congresso, que almeja economistas pouco intervencionistas e mais alinhados ao partido.
Trump já fez entrevistas com possíveis sucessores, como os professores da Universidade Stanford, John Taylor e Kevin Warsh, além de Jay Powell, que atualmente é membro do conselho do Fed. Especula-se que Taylor seja um dos nomes que mais agradem ao partido.
Durante o final de semana, o secretário do Tesouro do governo Trump, Steven Mnuchin, afirmou que não há um prazo para a escolha do novo presidente do Fed, mas que é possível que um nome surja dentro de um mês.
Trump se gaba do crescimento dos mercados, como do índice Dow Jones, que ontem atingiu um novo recorde e já acumula alta de 17,18% no ano, mas pouco falou de sua política monetária até agora. Esta quinta-feira traz uma nova oportunidade.