Trump diz a Fernández que pediu ao FMI que trabalhe com governo argentino
O FMI concedeu uma linha de crédito de 57 bilhões de dólares para a Argentina no ano passado
Reuters
Publicado em 1 de novembro de 2019 às 18h44.
Última atualização em 1 de novembro de 2019 às 18h57.
Buenos Aires — O presidente eleito da Argentina , Alberto Fernández , teve uma conversa telefônica na sexta-feira com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , informou a assessoria de imprensa do argentino em comunicado, depois que o político de centro-esquerda venceu as eleições gerais do país no domingo.
Durante a ligação, Trump disse a Fernández que havia "instruído" o Fundo Monetário Internacional (FMI) , que concedeu uma linha de crédito de 57 bilhões de dólares ao país no ano passado, para trabalhar com o novo governo da Argentina.
"Parabéns pela grande vitória. A acompanhamos pela televisão. Você vai fazer um trabalho fantástico. Espero conhecê-lo em breve. Sua vitória foi comentada em todo o mundo", completou o presidente americano na ligação.
Fernández, por sua vez, disse ao presidente americano que tem a intenção de manter uma relação "madura e cordial" com a Casa Branca. Para o presidente eleito, há muitas coisas em comum entre os Estados Unidos e a Argentina, que, segundo ele, precisará de ajuda para afastar a atual crise econômica.
"Temos coisas para fazer juntos", afirmou Fernández a Trump.
Durante a campanha eleitoral, o agora presidente eleito da Argentina, que foi chefe de gabinete no governo de Néstor Kirchner e no início do primeiro mandato de Cristina Kirchner, hoje sua vice-presidente, afirmou que o país está muito condicionado às políticas da Casa Branca.
"Se convivemos com (George W.) Bush, como não vamos poder conviver com Trump?", disse Fernández ainda durante a campanha.
O apoio de Trump foi essencial para que Macri conseguisse um empréstimo de US$ 56,3 bilhões com o FMI, o maior já concedido pela instituição na história. Empresários de carreira, os dois presidentes já se conheciam antes de assumir os respectivos cargos em seus países.
(Reuters e EFE)