Transfmissão do câmbio para inflação é baixa, diz secretário
Segundo Márcio Holland, do Ministério da Fazenda, os últimos exercícios mostram baixa transferência do câmbio para a inflação doméstica
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2014 às 15h46.
Brasília - O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda , Márcio Holland, minimizou nesta quarta-feira 8, o impacto da alta recente do dólar sobre a inflação .
Segundo ele, os últimos exercícios mostram baixa transferência do câmbio para a inflação doméstica.
"Como o câmbio é flutuante, é difícil avaliar. Essa transmissão do câmbio para a inflação é baixa em relação ao passado", afirmou.
O secretário evitou, no entanto, responder pergunta sobre se o IPCA mais alto retira espaço para reajuste dos combustíveis.
Represamento de preços
Holland comentou também o resultado do IPCA de setembro.
Segundo ele, não se sustenta a hipótese de represamento de preços e parte das explicações para a alta de preços de itens monitorados é o reajuste de preços de energia residencial, que subiu 1,37% no mês.
"Nós também observamos reajustes em passagem aérea, por dois meses consecutivos teve reajuste acima de 10%. Contudo, no ano de 2014, acumulam redução de preços de 24%", disse.
O secretário afirmou ainda que carnes, dentro do item de alimentação e bebidas, tiveram aumento de 3,17% no mês, contribuindo para aumento do grupo alimentação e bebidas de "forma relevante".
"Estamos no período de entressafra, coincidindo com período de seca. Isso acaba elevando o custo unitário", disse.
"Ao mesmo tempo tem aumentos de demanda externa", afirmou.
Segundo o secretário, o brasileiro tem uma série de outros produtos substitutos para carne, como frangos, ovos e outras aves, que vêm apresentando comportamento benigno este ano.
O secretário ainda destacou alguns produtos, como a farinha de mandioca, que apresenta queda de 26,54% no ano. Segundo ele, os preços no atacado, que estavam em deflação, apresentaram recuo.
"Esses preços no atacado também devem ajudar no controle da inflação ao consumidor nos próximos meses, outubro, novembro e dezembro", afirmou.
A avaliação dele é de que os últimos três meses tenha um comportamento melhor que o último trimestre do ano passado, "de sorte que a inflação convirja para as metas".
Desafio
Confrontado com o fato de a inflação ter ficado nos últimos quatro anos mais perto de 6,5%, Holland avaliou que o importante é que o IPCA tem permanecido dentro da meta. Ele não quis avaliar, no entanto, se há uma resiliência maior da inflação.
"Não sei se tem resiliência maior ou menor. O fundamental é que tem estado dentro das metas anunciadas. Estamos num regime de metas e temos que responder às metas. Estamos entregando há 11 anos", afirmou.
Questionado sobre se o IPCA alto iria assustar o eleitor nas eleições, o secretário respondeu que a análise técnica é de que a inflação está sobre controle, estável e pouco variável.
"Estamos conseguindo isso há 11 anos", insistiu, destacando que é grande desafio buscar inflação menor. "E isso é obtido por uma série de boas políticas", afirmou.
Na avaliação do secretário, boas políticas têm sido implementadas e intensificadas e ajudarão a reduzir a inflação.
Ele citou o programa de investimentos, a desoneração da folha de pagamentos e os programas de qualificação dos trabalhadores.
Brasília - O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda , Márcio Holland, minimizou nesta quarta-feira 8, o impacto da alta recente do dólar sobre a inflação .
Segundo ele, os últimos exercícios mostram baixa transferência do câmbio para a inflação doméstica.
"Como o câmbio é flutuante, é difícil avaliar. Essa transmissão do câmbio para a inflação é baixa em relação ao passado", afirmou.
O secretário evitou, no entanto, responder pergunta sobre se o IPCA mais alto retira espaço para reajuste dos combustíveis.
Represamento de preços
Holland comentou também o resultado do IPCA de setembro.
Segundo ele, não se sustenta a hipótese de represamento de preços e parte das explicações para a alta de preços de itens monitorados é o reajuste de preços de energia residencial, que subiu 1,37% no mês.
"Nós também observamos reajustes em passagem aérea, por dois meses consecutivos teve reajuste acima de 10%. Contudo, no ano de 2014, acumulam redução de preços de 24%", disse.
O secretário afirmou ainda que carnes, dentro do item de alimentação e bebidas, tiveram aumento de 3,17% no mês, contribuindo para aumento do grupo alimentação e bebidas de "forma relevante".
"Estamos no período de entressafra, coincidindo com período de seca. Isso acaba elevando o custo unitário", disse.
"Ao mesmo tempo tem aumentos de demanda externa", afirmou.
Segundo o secretário, o brasileiro tem uma série de outros produtos substitutos para carne, como frangos, ovos e outras aves, que vêm apresentando comportamento benigno este ano.
O secretário ainda destacou alguns produtos, como a farinha de mandioca, que apresenta queda de 26,54% no ano. Segundo ele, os preços no atacado, que estavam em deflação, apresentaram recuo.
"Esses preços no atacado também devem ajudar no controle da inflação ao consumidor nos próximos meses, outubro, novembro e dezembro", afirmou.
A avaliação dele é de que os últimos três meses tenha um comportamento melhor que o último trimestre do ano passado, "de sorte que a inflação convirja para as metas".
Desafio
Confrontado com o fato de a inflação ter ficado nos últimos quatro anos mais perto de 6,5%, Holland avaliou que o importante é que o IPCA tem permanecido dentro da meta. Ele não quis avaliar, no entanto, se há uma resiliência maior da inflação.
"Não sei se tem resiliência maior ou menor. O fundamental é que tem estado dentro das metas anunciadas. Estamos num regime de metas e temos que responder às metas. Estamos entregando há 11 anos", afirmou.
Questionado sobre se o IPCA alto iria assustar o eleitor nas eleições, o secretário respondeu que a análise técnica é de que a inflação está sobre controle, estável e pouco variável.
"Estamos conseguindo isso há 11 anos", insistiu, destacando que é grande desafio buscar inflação menor. "E isso é obtido por uma série de boas políticas", afirmou.
Na avaliação do secretário, boas políticas têm sido implementadas e intensificadas e ajudarão a reduzir a inflação.
Ele citou o programa de investimentos, a desoneração da folha de pagamentos e os programas de qualificação dos trabalhadores.