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Tombini defende política fiscal sólida frente à crise

Presidente do Banco Central destacou que o país está com a inflação controlada

Alexandre Tombini: diferença do Brasil é a política de responsabilidade fiscal (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2011 às 15h53.

Brasília - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta quarta-feira que o Brasil está preparado para enfrentar o ambiente internacional "mais desafiador" que deve perdurar pelos próximos dois anos, mas frisou a importância de o país ater-se à política de responsabilidade fiscal para reforçar seu diferencial diante das demais economias.

Tombini também avaliou que o país não vive mais "sensação de descontrole inflacionário" e reiterou que a taxa de inflação brasileira acumulada em 12 meses vai cair a partir de setembro, reduzindo-se em cerca de 2 pontos percentuais até abril do ano que vem.

"Temos que confirmar nosso diferencial hoje. O diferencial do Brasil hoje é ter uma condição fiscal bem arrumada", disse Tombini em apresentação durante evento em Brasília.

Ele destacou que a turbulência vivida hoje pelos mercados globais é consequência das medidas tomadas pelas economias avançadas frente à crise financeira de 2008, que acabaram por abalar o equilíbrio fiscal de muitos países. Esse processo não ocorreu no Brasil, que conseguiu retomar a trajetória de queda da relação dívida/PIB após a crise, acrescentou.

"É importante que nós continuemos nessa toada", disse Tombini, acrescentando que o maior controle da dívida gera melhores condições de financiamento para o governo e o setor privado.

"Avançando na direção de ter uma política fiscal sólida, consistente e robusta neste momento abrirá sim espaço para no futuro, quem sabe, rebalancearmos as políticas macroeconômicas de uma forma responsável, ou seja, atingindo a nossa meta de inflação com a economia crescendo."

O governo anunciou nos últimos dias medidas de desoneração fiscal às empresas que representam uma renúncia de cerca de 30 bilhões de reais nos próximos dois anos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que os programas não ameaçarão as metas fiscais do governo, e conclamou os demais poderes a colaborarem com o esforço de equilíbrio das contas, evitando os reajustes salariais.

Preços em queda

Em relação à inflação, Tombini ressaltou que houve uma alta significativa dos preços no começo do ano, mas que após as medidas adotadas pelo governo, entre elas o aumento dos juros, "aquela sensação de descontrole inflacionário sumiu".

A taxa em 12 meses, que está acima do teto da meta de inflação do ano, de 6,5 por cento, deve desacelerar a partir de setembro, disse ele.

O presidente do BC salientou, ainda, que o câmbio flutuante "é nossa primeira linha de defesa" diante da crise internacional, e ressaltou outros fatores importantes do atual estágio da economia brasileira.

"Temos reservas internacionais... temos um sistema financeiro bem capitalizado, funcionando; o crédito está expandindo. E temos um mercado doméstico bem ampliado... essa é uma fortaleza."

Tombini lembrou também que o Brasil tem "recursos no sistema financeiro depositados no BC em níveis bastante maiores do que dos outros países."

Mas alertou que "temos que estar preparados para um agravamento, quando e se ele ocorrer. Conhecemos uma crise de dívida, nós sofremos isso no passado, isso não se resolve isso da noite para o dia."

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Brasília - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta quarta-feira que o Brasil está preparado para enfrentar o ambiente internacional "mais desafiador" que deve perdurar pelos próximos dois anos, mas frisou a importância de o país ater-se à política de responsabilidade fiscal para reforçar seu diferencial diante das demais economias.

Tombini também avaliou que o país não vive mais "sensação de descontrole inflacionário" e reiterou que a taxa de inflação brasileira acumulada em 12 meses vai cair a partir de setembro, reduzindo-se em cerca de 2 pontos percentuais até abril do ano que vem.

"Temos que confirmar nosso diferencial hoje. O diferencial do Brasil hoje é ter uma condição fiscal bem arrumada", disse Tombini em apresentação durante evento em Brasília.

Ele destacou que a turbulência vivida hoje pelos mercados globais é consequência das medidas tomadas pelas economias avançadas frente à crise financeira de 2008, que acabaram por abalar o equilíbrio fiscal de muitos países. Esse processo não ocorreu no Brasil, que conseguiu retomar a trajetória de queda da relação dívida/PIB após a crise, acrescentou.

"É importante que nós continuemos nessa toada", disse Tombini, acrescentando que o maior controle da dívida gera melhores condições de financiamento para o governo e o setor privado.

"Avançando na direção de ter uma política fiscal sólida, consistente e robusta neste momento abrirá sim espaço para no futuro, quem sabe, rebalancearmos as políticas macroeconômicas de uma forma responsável, ou seja, atingindo a nossa meta de inflação com a economia crescendo."

O governo anunciou nos últimos dias medidas de desoneração fiscal às empresas que representam uma renúncia de cerca de 30 bilhões de reais nos próximos dois anos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que os programas não ameaçarão as metas fiscais do governo, e conclamou os demais poderes a colaborarem com o esforço de equilíbrio das contas, evitando os reajustes salariais.

Preços em queda

Em relação à inflação, Tombini ressaltou que houve uma alta significativa dos preços no começo do ano, mas que após as medidas adotadas pelo governo, entre elas o aumento dos juros, "aquela sensação de descontrole inflacionário sumiu".

A taxa em 12 meses, que está acima do teto da meta de inflação do ano, de 6,5 por cento, deve desacelerar a partir de setembro, disse ele.

O presidente do BC salientou, ainda, que o câmbio flutuante "é nossa primeira linha de defesa" diante da crise internacional, e ressaltou outros fatores importantes do atual estágio da economia brasileira.

"Temos reservas internacionais... temos um sistema financeiro bem capitalizado, funcionando; o crédito está expandindo. E temos um mercado doméstico bem ampliado... essa é uma fortaleza."

Tombini lembrou também que o Brasil tem "recursos no sistema financeiro depositados no BC em níveis bastante maiores do que dos outros países."

Mas alertou que "temos que estar preparados para um agravamento, quando e se ele ocorrer. Conhecemos uma crise de dívida, nós sofremos isso no passado, isso não se resolve isso da noite para o dia."

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