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Tendência de desvalorização do dólar se fortalece

A mediana das projeções para o dólar para daqui a um ano caiu de 3,50 reais em agosto para 3,45 reais

Uma das razões para a maior confiança dos investidores no Real é a taxa de juros do país (Ricardo Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2016 às 10h48.

Buenos Aires e Brasília - A tendência de desvalorização do dólar ante o real tem se fortalecido e deve proteger a moeda brasileira de movimentos bruscos causados pela normalização das taxas de juros nos Estados Unidos , segundo pesquisa da Reuters publicada nesta quinta-feira.

A mediana das projeções para o dólar para daqui a um ano caiu de 3,50 reais em agosto para 3,45 reais. A moeda tem sido cotada pouco acima de 3,20 reais. A expectativa para daqui a um mês ficou em 3,20 reais e, para daqui a seis meses, em 3,34 reais.

Uma das razões para a maior confiança dos investidores na moeda brasileira é a taxa de juros do país, que foi mantida pelo Banco Central em 14,25 por cento na quarta-feira.

Os juros altos atraem investidores para operações de arbitragem e, ao mesmo tempo, tornam mais caras as apostas em uma desvalorização do real.

"Se hoje eu tivesse que dar um viés (para o dólar), diria que o viés é claramente para baixo," disse o estrategista de câmbio e juros do BNP Paribas Gabriel Gersztein. "Hoje é muito caro apostar contra o real, e vai continuar a ser caro em 2017."

Essa opinião é compartilhada por uma pequena maioria de participantes da pesquisa que responderam a uma pergunta extra sobre o balanço de riscos para o real, dizendo que o maior risco ao cenário atual é de uma valorização da moeda brasileira em relação ao dólar, e não o contrário.

O impeachment de Dilma Rousseff na quarta-feira, entretanto, pode contribuir para aumentar a volatilidade nas próximas semanas, por aumentar a cobrança do mercado em relação às medidas econômicas propostas por Michel Temer.

"O relógio vai começar a andar muito mais rápido para o governo cumprir a agenda de reformas prometida," escreveram analistas do Bank of America Merrill Lynch em relatório.

No exterior, os investidores permanecem atentos à política monetária dos Estados Unidos, especialmente diante do risco de um aumento de juros ainda neste mês. Juros maiores nos Estados Unidos reduzem a atratividade do real e de outras moedas na América Latina.

"As pessoas estão novamente nervosas em relação ao Federal Reserve", disse Camilo Perez, do Banco de Bogotá. "Os investidores estrangeiros ficam muito menos ativos com a consolidação das expectativas de um aumento do juro pelo Fed até o final do ano."

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A mediana das projeções para o dólar para daqui a um ano caiu de 3,50 reais em agosto para 3,45 reais. A moeda tem sido cotada pouco acima de 3,20 reais. A expectativa para daqui a um mês ficou em 3,20 reais e, para daqui a seis meses, em 3,34 reais.

Uma das razões para a maior confiança dos investidores na moeda brasileira é a taxa de juros do país, que foi mantida pelo Banco Central em 14,25 por cento na quarta-feira.

Os juros altos atraem investidores para operações de arbitragem e, ao mesmo tempo, tornam mais caras as apostas em uma desvalorização do real.

"Se hoje eu tivesse que dar um viés (para o dólar), diria que o viés é claramente para baixo," disse o estrategista de câmbio e juros do BNP Paribas Gabriel Gersztein. "Hoje é muito caro apostar contra o real, e vai continuar a ser caro em 2017."

Essa opinião é compartilhada por uma pequena maioria de participantes da pesquisa que responderam a uma pergunta extra sobre o balanço de riscos para o real, dizendo que o maior risco ao cenário atual é de uma valorização da moeda brasileira em relação ao dólar, e não o contrário.

O impeachment de Dilma Rousseff na quarta-feira, entretanto, pode contribuir para aumentar a volatilidade nas próximas semanas, por aumentar a cobrança do mercado em relação às medidas econômicas propostas por Michel Temer.

"O relógio vai começar a andar muito mais rápido para o governo cumprir a agenda de reformas prometida," escreveram analistas do Bank of America Merrill Lynch em relatório.

No exterior, os investidores permanecem atentos à política monetária dos Estados Unidos, especialmente diante do risco de um aumento de juros ainda neste mês. Juros maiores nos Estados Unidos reduzem a atratividade do real e de outras moedas na América Latina.

"As pessoas estão novamente nervosas em relação ao Federal Reserve", disse Camilo Perez, do Banco de Bogotá. "Os investidores estrangeiros ficam muito menos ativos com a consolidação das expectativas de um aumento do juro pelo Fed até o final do ano."

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