Taxa de desemprego no Brasil cai para 7,9% em julho; número de pessoas ocupadas volta a crescer
O resultado representa uma redução de 0,6% em relação ao trimestre de fevereiro a abril e 1,2% se comparado ao mesmo período de 2022
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 31 de agosto de 2023 às 09h05.
Última atualização em 31 de agosto de 2023 às 09h36.
A taxa de desemprego ficou em 7,9% no trimestre encerrado em julho de 2023. O resultado representa uma redução de 0,6% em relação ao trimestre defevereiro a abrile de 1,2% se comparado ao mesmo período de 2022.É a menor taxa para um trimestre encerrado em julho desde 2014, quando foi de 6,7%. A expectativa do mercado financeiro era de uma taxa de 8%.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 31 peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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“Esse recuo no trimestre encerrado em julho ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio, em nota. Apopulação desocupada ficou em 8,5 milhões de pessoas, uma queda de 6,3% em relação ao trimestre anterior e de -3,8% se comparado ao mesmo período de 2022.
Desemprego no Brasil em julho de 2023
- A taxa de desemprego no Brasil ficou em7,9% no trimestre demaio a julho de 2023
Por que a taxa de desempregou caiu em julho?
Segundo a coordenadora da pesquisa, características econômicas e sazonais de cada atividade influenciaram o aumento da ocupação no país.“Após a pandemia, tivemos um período de recuperação da população ocupada onde registramos aumentos intensos disseminados pelas atividades. À medida que esse processo de recuperação se consolida, os acréscimos voltam a ser mais influenciados pelas características econômicas e sazonais de cada atividade. Com isso, na perspectiva anual, o crescimento passa a ser menos intenso”, afirma Beringuy.
O número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda, chegando a 99,3 milhões, um aumento de 1,3% em relação ao período de fevereiro a abril, com 1,3 milhão de pessoas a mais. Na comparação anual, o crescimento foi de 0,7% (mais 669 mil pessoas), o menor dos últimos 9 trimestres consecutivos de alta.
Entre os setores que mais empregaram nesse trimestre, o destaque é para o grupo deAdministração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com mais de 593 mil pessoas. Na sequência, o setor de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas contratou 296 mil pessoas. O agrupamento de serviços domésticos cresceu 3,1% no trimestre, após queda de 3,3% no período anterior.
“No grupo da Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais o que puxou no trimestre foi o aumento em educação e saúde, tanto no setor público como no privado. Na comparação anual, a maior influência veio da área da saúde. Já o grupamento de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi influenciado, no trimestre, pelo segmento de tecnologias da informação e, no ano, pelas atividades administrativas, profissionais e financeiras”, destaca a pesquisadora.
Além dos grupos que apresentaram alta expressiva, a pesquisa destaque eu outros, como o daAgricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, Construção, Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas e Outros serviços, interromperam movimentos de queda.
O que a pesquisa de desemprego no Brasil mostrou em julho
- Taxa de desocupação: 7,9%
- População desocupada: 8,5 milhões de pessoas
- População ocupada: 99,3 milhões
- Nível de ocupação: 56,8%
- População fora da força de trabalho: 66,9 milhões
- População desalentada: 3,7 milhões
- Empregados com carteira assinada: 37 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 13,2 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
- Taxa de informalidade: 39,1%