Tarifa de energia cairá em média 0,2%, diz consultoria
A tendência de baixa após dois anos de altas nas tarifas, segundo estudo da consultoria TR Soluções, deve aliviar a pressão sobre a inflação
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2016 às 10h28.
São Paulo - Os reajustes nas tarifas de energia elétrica para 2016 deverão resultar em redução média de 0,2 por cento para os consumidores residenciais brasileiros em 2016, com os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste registrando quedas na conta de luz beneficiados por chuvas nas áreas de hidrelétricas .
A tendência de baixa após dois anos de altas nas tarifas, segundo estudo da consultoria TR Soluções, deve aliviar a pressão sobre a inflação e é resultado de chuvas favoráveis em janeiro e no início de fevereiro, que ajudaram a recompor os reservatórios de hidrelétricas e permitiram o desligamentos de térmicas, cujo custo é mais elevado.
O efeito médio para os consumidores do Sudeste e do Centro-Oeste será uma redução de 3,8 por cento, enquanto no Sul a queda será de em média 3,4 por cento, informou à Reuters a consultoria, especializada em cálculos de tarifas.
No Nordeste, por outro lado, a TR Soluções estima que deverá haver elevação das tarifas, com efeito médio para o consumidor de 12,3 por cento. A região, que havia sido menos afetada por altas nos anos anteriores, sofre os efeitos de uma severa seca nas hidrelétricas.
Segundo o sócio da consultoria, Paulo Steele, os cálculos já levam em consideração o desligamento de termelétricas a partir de março, em um movimento que o governo vê como início do viés de baixa nas tarifas de energia.
Steele explicou, no entanto, que "apenas uma parte muito pequena" dos custos com o acionamento das térmicas, que são mais caras que as hidrelétricas, é suportado pelas tarifas.
A maior parte da conta das termelétricas é custeada pelo consumidor por meio das bandeiras tarifárias, que elevam a tarifa de acordo com o uso dessas usinas.
Com o desligamento de mais térmicas em março, a bandeira nas contas deverá passar para amarela, ante a atual vermelha, o que representará cobrança extra de 1,5 real a cada 100 kilowatts-hora consumidos, ante 3 reais na faixa vermelha.
Em 2015, quando a bandeira vermelha vigorou por todo o ano, as bandeiras tarifárias arrecadaram 14,7 bilhões de reais, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O consumidor chegou a pagar um custo extra de 5,50 reais a cada 100 kilowatts-hora devido à bandeira vermelha, posteriormente reduzida.
Com a evolução da hidrologia, o governo agora acha possível ter ainda neste ano a bandeira verde, quando não há cobrança adicional.
O Banco Central estimou que os custos da energia elétrica subiram 52,3 por cento em 2015 e projetou anteriormente uma alta de 3,7 por cento em 2016, ainda considerando a vigência da bandeira vermelha.
São Paulo - Os reajustes nas tarifas de energia elétrica para 2016 deverão resultar em redução média de 0,2 por cento para os consumidores residenciais brasileiros em 2016, com os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste registrando quedas na conta de luz beneficiados por chuvas nas áreas de hidrelétricas .
A tendência de baixa após dois anos de altas nas tarifas, segundo estudo da consultoria TR Soluções, deve aliviar a pressão sobre a inflação e é resultado de chuvas favoráveis em janeiro e no início de fevereiro, que ajudaram a recompor os reservatórios de hidrelétricas e permitiram o desligamentos de térmicas, cujo custo é mais elevado.
O efeito médio para os consumidores do Sudeste e do Centro-Oeste será uma redução de 3,8 por cento, enquanto no Sul a queda será de em média 3,4 por cento, informou à Reuters a consultoria, especializada em cálculos de tarifas.
No Nordeste, por outro lado, a TR Soluções estima que deverá haver elevação das tarifas, com efeito médio para o consumidor de 12,3 por cento. A região, que havia sido menos afetada por altas nos anos anteriores, sofre os efeitos de uma severa seca nas hidrelétricas.
Segundo o sócio da consultoria, Paulo Steele, os cálculos já levam em consideração o desligamento de termelétricas a partir de março, em um movimento que o governo vê como início do viés de baixa nas tarifas de energia.
Steele explicou, no entanto, que "apenas uma parte muito pequena" dos custos com o acionamento das térmicas, que são mais caras que as hidrelétricas, é suportado pelas tarifas.
A maior parte da conta das termelétricas é custeada pelo consumidor por meio das bandeiras tarifárias, que elevam a tarifa de acordo com o uso dessas usinas.
Com o desligamento de mais térmicas em março, a bandeira nas contas deverá passar para amarela, ante a atual vermelha, o que representará cobrança extra de 1,5 real a cada 100 kilowatts-hora consumidos, ante 3 reais na faixa vermelha.
Em 2015, quando a bandeira vermelha vigorou por todo o ano, as bandeiras tarifárias arrecadaram 14,7 bilhões de reais, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O consumidor chegou a pagar um custo extra de 5,50 reais a cada 100 kilowatts-hora devido à bandeira vermelha, posteriormente reduzida.
Com a evolução da hidrologia, o governo agora acha possível ter ainda neste ano a bandeira verde, quando não há cobrança adicional.
O Banco Central estimou que os custos da energia elétrica subiram 52,3 por cento em 2015 e projetou anteriormente uma alta de 3,7 por cento em 2016, ainda considerando a vigência da bandeira vermelha.