Economia

Soja amplia ganhos em Chicago por preocupação com clima

Contratos atingiram uma nova máxima de cinco meses


	Soja:  contrato março da soja atingiu máxima intradia de 13,8825 dólares por bushel, maior cotação do primeiro contrato desde meados de setembro
 (Getty Images)

Soja:  contrato março da soja atingiu máxima intradia de 13,8825 dólares por bushel, maior cotação do primeiro contrato desde meados de setembro (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 14h00.

Paris/Singapura - Os contratos futuros da soja na bolsa de Chicago subiram pela terceira sessão consecutiva nesta segunda-feira, atingindo uma nova máxima de cinco meses, com perspectivas de perdas na colheita da América do Sul e com interesse de compras de fundos de investimento.

O contrato março da soja atingiu máxima intradia de 13,8825 dólares por bushel, maior cotação do primeiro contrato desde meados de setembro. Às 13h12 (horário de Brasília), o março subia mais de 1 por cento, a 13,85 dólares por bushel.

Um clima seco e quente em janeiro e início de fevereiro prejudicou o plantio na Argentina e afetou lavouras em algumas partes do Brasil, levando consultorias a reduzirem suas estimativas de safra.

Nos últimos dias é a chuva que está ameaçando a produtividade em Mato Grosso, Estado que responde por quase um terço da colheita brasileira.

Os volumes acumulados de chuvas em porções do norte e do leste de Mato Grosso chegaram a 230 milímetros na semana passada, disse nesta segunda-feira a consultoria AgRural.

"Com o excesso de chuva, perdas na qualidade dos grãos e quedas de produtividade já começam a ser registradas. No norte, a colheita está seis pontos atrasada na comparação com o ano passado", afirmou a consultoria.

A Somar Meteorologia disse que uma frente fria no Sul do Brasil e áreas de instabilidade trazem pancadas de chuva para o Paraná, São Paulo e grande parte do Centro-Oeste, já que este sistema organiza a umidade da Amazônia.

Na quinta-feira, a Argentina disse que os sojicultores reduziram a área plantada em 2,4 por cento ante a estimativa de janeiro, devido à seca.

"As perspectivas para a oferta global de oleaginosas não está nem um pouco confortável com algumas partes da Argentina realmente muito secas", disse a analista de investimentos da Phillip Futures, Vanessa Tan, em Cingapura.

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