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Setor automotivo mostra otimismo no Salão de Detroit

Para 2013, se prevê que as vendas de automóveis na China alcancem as 11,8 milhões de unidades, o maior número de sua história

Salão de Detroit: o otimismo e a satisfação podem ser sentidos nos corredores do renovado Cobo Center de Detroit. (Bill Pugliano/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 15h58.

Detroit - O Salão Internacional do Automóvel da América do Norte iniciou nesta segunda-feira em Detroit sua 25ª edição com um claro ar de otimismo perante a recuperação do mercado americano em 2012 e as brilhantes perspectivas mundiais para 2013.

O otimismo e a satisfação podem ser sentidos nos corredores do renovado Cobo Center de Detroit no qual a partir de hoje os principais fabricantes de automóveis de todo o mundo exibirão algumas das principais novidades para este ano e as tendências do setor em médio prazo.

Atrás ficaram os anos mais obscuros para as montadoras americanas quando em 2008 e 2009 se duvidou inclusive da viabilidade da General Motors e do Grupo Chrysler e a feira de Detroit sofreu os efeitos da recessão.

Porém, 2012 foi estelar, com vendas de cerca de 14,5 milhões de unidades nos Estados Unidos , um número que não se alcançava desde 2007 e que representa um aumento de 13% em relação a 2011, o maior ganho em quase 30 anos. E as previsões para 2013 são um milhão de vendas adicionais.

O mesmo vale para o resto do mundo, uma vez que os analistas preveem que as vendas globais de automóveis alcancem o número recorde de 64,7 milhões de unidades graças à recuperação do mercado americano e da progressão da China.

Para 2013, se prevê que as vendas de automóveis na China alcancem as 11,8 milhões de unidades, o maior número de sua história.


A única exceção é a Europa, onde a crise econômica de muitos dos países do euro está afetando com dureza os fabricantes.

O presidente da Ford, Alan Mulally, reconheceu em declarações à Agência Efe que "a Europa é realmente difícil para todos. Porque, com exceção da Alemanha, a maioria das economias está em recessão. No caso da Ford estamos implementando o mesmo plano que aplicamos nos EUA".

O plano da Ford é "reduzir a produção para ajustá-la à demanda", manter o valor residual alto dos veículos da empresa e "reestruturar o negócio como fizemos nos EUA para operar de forma rentável com uma demanda mais reduzida" declarou Mulally.

Por enquanto, o plano de Mulally funcionou nos EUA, onde o fabricante conseguiu bilhões de dólares nos dois últimos anos.

A GM, que sofreu uma traumática reestruturação na América do Norte em 2008-2009, também começou a colher os frutos, tanto em forma de lucro como em aumento das vendas.

A montadora afirmou que suas vendas mundiais em 2012 foram de 9,2 milhões de veículos, 2,9% mais que em 2011. E sua marca mais popular, a Chevrolet estabeleceu um recorde ao vender mais de 4,95 milhões de automóveis no ano passado.

Para manter o impulso, o vice-presidente de desenvolvimento de produto da GM, Mary Barra, declarou hoje no Salão de Detroit que "a Chevrolet vai apresentar 20 modelos novos neste ano".


Um deles é a nova geração do esportivo Corvette que revelou em Detroit e que quer que seja o porta-bandeira de uma nova era para a marca.

Já o Grupo Chrysler abriu o Salão de Detroit deste ano ganhando o prestigiado prêmio de Caminhonete do Ano 2013 com seu Ram 1500.

Com os três Grandes de Detroit (General Motors, Ford e Chrysler) recuperados ou em processo de franca melhoria, as marcas americanas estão começando a delimitar os campos de batalha dos próximos meses e anos.

Um deles é o dos carros de luxo. Esse rentável mercado está dominado mundialmente, e na América do Norte, pelas marcas japonesas (Lexus, Infiniti e Acura) e as europeias (Mercedes, BMW, Audi).

No entanto, a GM e Ford querem recuperar o terreno perdido. Ambas empresas iniciaram um ambicioso processo de revitalização e potencialização de suas duas marcas de luxo, Cadillac e Lincoln, respectivamente.

A Ford apresentou hoje o protótipo Lincoln MKC, um 4x4 de luxo que marcará o caminho para os futuros produtos da marca. E a GM apresentará amanhã o Cadillac ELR, o primeiro elétrico recarregável da marca que até agora era sinônimo de automóveis enormes e pesados.

Porém, a competição vai ser acirrada. A Lexus, marca de luxo de Toyota, também revelou hoje ao público a esperada nova geração do IS. E a Infiniti, da Nissan, o sedan esportivo Q50.

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Detroit - O Salão Internacional do Automóvel da América do Norte iniciou nesta segunda-feira em Detroit sua 25ª edição com um claro ar de otimismo perante a recuperação do mercado americano em 2012 e as brilhantes perspectivas mundiais para 2013.

O otimismo e a satisfação podem ser sentidos nos corredores do renovado Cobo Center de Detroit no qual a partir de hoje os principais fabricantes de automóveis de todo o mundo exibirão algumas das principais novidades para este ano e as tendências do setor em médio prazo.

Atrás ficaram os anos mais obscuros para as montadoras americanas quando em 2008 e 2009 se duvidou inclusive da viabilidade da General Motors e do Grupo Chrysler e a feira de Detroit sofreu os efeitos da recessão.

Porém, 2012 foi estelar, com vendas de cerca de 14,5 milhões de unidades nos Estados Unidos , um número que não se alcançava desde 2007 e que representa um aumento de 13% em relação a 2011, o maior ganho em quase 30 anos. E as previsões para 2013 são um milhão de vendas adicionais.

O mesmo vale para o resto do mundo, uma vez que os analistas preveem que as vendas globais de automóveis alcancem o número recorde de 64,7 milhões de unidades graças à recuperação do mercado americano e da progressão da China.

Para 2013, se prevê que as vendas de automóveis na China alcancem as 11,8 milhões de unidades, o maior número de sua história.


A única exceção é a Europa, onde a crise econômica de muitos dos países do euro está afetando com dureza os fabricantes.

O presidente da Ford, Alan Mulally, reconheceu em declarações à Agência Efe que "a Europa é realmente difícil para todos. Porque, com exceção da Alemanha, a maioria das economias está em recessão. No caso da Ford estamos implementando o mesmo plano que aplicamos nos EUA".

O plano da Ford é "reduzir a produção para ajustá-la à demanda", manter o valor residual alto dos veículos da empresa e "reestruturar o negócio como fizemos nos EUA para operar de forma rentável com uma demanda mais reduzida" declarou Mulally.

Por enquanto, o plano de Mulally funcionou nos EUA, onde o fabricante conseguiu bilhões de dólares nos dois últimos anos.

A GM, que sofreu uma traumática reestruturação na América do Norte em 2008-2009, também começou a colher os frutos, tanto em forma de lucro como em aumento das vendas.

A montadora afirmou que suas vendas mundiais em 2012 foram de 9,2 milhões de veículos, 2,9% mais que em 2011. E sua marca mais popular, a Chevrolet estabeleceu um recorde ao vender mais de 4,95 milhões de automóveis no ano passado.

Para manter o impulso, o vice-presidente de desenvolvimento de produto da GM, Mary Barra, declarou hoje no Salão de Detroit que "a Chevrolet vai apresentar 20 modelos novos neste ano".


Um deles é a nova geração do esportivo Corvette que revelou em Detroit e que quer que seja o porta-bandeira de uma nova era para a marca.

Já o Grupo Chrysler abriu o Salão de Detroit deste ano ganhando o prestigiado prêmio de Caminhonete do Ano 2013 com seu Ram 1500.

Com os três Grandes de Detroit (General Motors, Ford e Chrysler) recuperados ou em processo de franca melhoria, as marcas americanas estão começando a delimitar os campos de batalha dos próximos meses e anos.

Um deles é o dos carros de luxo. Esse rentável mercado está dominado mundialmente, e na América do Norte, pelas marcas japonesas (Lexus, Infiniti e Acura) e as europeias (Mercedes, BMW, Audi).

No entanto, a GM e Ford querem recuperar o terreno perdido. Ambas empresas iniciaram um ambicioso processo de revitalização e potencialização de suas duas marcas de luxo, Cadillac e Lincoln, respectivamente.

A Ford apresentou hoje o protótipo Lincoln MKC, um 4x4 de luxo que marcará o caminho para os futuros produtos da marca. E a GM apresentará amanhã o Cadillac ELR, o primeiro elétrico recarregável da marca que até agora era sinônimo de automóveis enormes e pesados.

Porém, a competição vai ser acirrada. A Lexus, marca de luxo de Toyota, também revelou hoje ao público a esperada nova geração do IS. E a Infiniti, da Nissan, o sedan esportivo Q50.

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