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Serviços avançam 0,9% em setembro e têm novo recorde histórico

Em 12 meses, setor acumula alta de 8,9%.Aumento da renda, com a liberação de Auxílio Emergencial de R$ 600 e melhora no mercado de trabalho, impulsionam atividade

O segmento de transportes, no entanto, que havia liderado a expansão do setor em meses anteriores, teve leve queda de 0,1% (Carsten Koall/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 11 de novembro de 2022 às 12h59.

O setor de serviços cresceu pelo quinto mês seguido e atingiu o maior patamar da série, iniciada em 2011. A alta foi de 0,9% em setembro, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira.

No ano, a alta acumulada é de 8,6% e, em 12 meses, 8,9%. Embora o incremento de renda no segundo semestre do ano, a partir da liberação do Auxílio Brasil de R$ 600 e da melhora no mercado de trabalho, tenha ajudado o setor, o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, aponta que retomada da atividade presencial ainda não contribui de forma significativa.

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— Serviços voltados a empresa é que alavancaram o segmento nos últimos anos e é isso que explica a renovação do recorde histórico. Não por acaso, serviços de tecnologia da informação e transporte mostraram ganho de produtividade, levando a esse patamar que vemos hoje — analisa Lobo. — O processo de aceleração digital pelo qual passou a economia brasileira obrigou muitas empresas a buscarem ferramentas que pudessem manter a produtividade de maneira remota. Além disso, houve um boom do comércio eletrônico, o que se dá também no campo de transportes.

No mês de setembro, especificamente, o desempenho foi influenciado pelo avanço no segmento de informação e comunicação (2,0%), ajudado pela queda dos preços de telefonia fixa e móvel no período, e no setor de serviços prestados às famílias (1,0%).

— Os serviços prestados a famílias foram puxados pelo avanço que empresas promotoras de eventos tiveram em setembro, quando shows e espetáculos tiveram desempenho relevante — aponta o gerente da pesquisa.

O segmento de transportes, no entanto, que havia liderado a expansão do setor em meses anteriores, teve leve queda de 0,1% em setembro, após quatro altas sucessivas, o que foi interpretado como um ajuste.

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