Economia

Senado dos EUA aprova pacote de gastos de US$ 1,7 trilhão

O texto aborda o financiamento de quase todos os aspectos da gestão diária do governo federal, incluindo a aplicação das leis, o estabelecimento da política externa, a impressão de dinheiro e o funcionamento das Forças Armadas

"Este projeto de lei será bom para as famílias, para os veteranos, para a nossa segurança nacional, inclusive para a saúde das nossas instituições democráticas", ressaltou o líder democrata no Senado, Chuck Schume (Carlo Allegri/Reuters)

"Este projeto de lei será bom para as famílias, para os veteranos, para a nossa segurança nacional, inclusive para a saúde das nossas instituições democráticas", ressaltou o líder democrata no Senado, Chuck Schume (Carlo Allegri/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de dezembro de 2022 às 19h31.

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (22) um pacote gigante de gastos, que inclui US$ 45 bilhões em assistência à Ucrânia e reformas na lei eleitoral destinadas a impedir que se repita a invasão do ano passado ao Capitólio.

O plano anual, que totaliza US$ 1,7 trilhão, deve ser ratificado pela Câmara dos Representantes até a meia-noite desta sexta-feira para manter o governo federal aberto.

"Este projeto de lei será bom para as famílias, para os veteranos, para a nossa segurança nacional, inclusive para a saúde das nossas instituições democráticas", ressaltou o líder democrata no Senado, Chuck Schumer.

O texto não deve ter um caminho atribulado na Câmara dos Representantes, onde os democratas contam com uma pequena maioria por mais alguns dias, até o início da 118ª legislatura, em janeiro, dessa vez com maioria republicana.

O texto aborda o financiamento de quase todos os aspectos da gestão diária do governo federal, incluindo a aplicação das leis, o estabelecimento da política externa, a impressão de dinheiro e o funcionamento das Forças Armadas, mas também apresenta complementos menos obviamente relacionados ao dinheiro, como uma reforma que endurece uma lei eleitoral ambígua do século XIX a fim de estabelecer claramente que os vice-presidentes não têm o poder de revogar unilateralmente os resultados das eleições.

Donald Trump, derrotado por Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020, aproveitou a redação ambígua do texto para argumentar que seu vice, Mike Pence, poderia se recusar a entregar o comando ao democrata, em meio a acusações não comprovadas de fraude eleitoral.

A rejeição do vice-presidente a esse pedido motivou Trump a fazer um discurso considerado a faísca que levou à invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 por apoiadores do então presidente.

Trump, que anunciou que tentará reconquistar a Casa Branca, emitiu um comunicado em que descreve o pacote aprovado hoje pelo Senado como "uma monstruosidade".

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