Sem ajuste, país pode perder grau de investimento, diz Levy
O ministro apontou que a dívida brasileira ainda é bastante elevada para um rating não tão alto
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2015 às 13h34.
Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , disse que o Brasil pode perder o grau de investimento dado pelas agências de classificação de risco caso o ajuste fiscal não seja feito.
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o ministro apontou que a dívida brasileira ainda é bastante elevada (em relação ao Produto Interno Bruto) para um rating não tão alto.
"Se não fizermos ajuste, ainda existe risco de perder o grau de investimento. O custo será altíssimo para o governo, para as empresas e para o trabalhador", afirmou.
O ministro lembrou que muitos investidores não podem aplicar em países que não têm grau de investimento e que isso teria grande impacto na economia real.
"Para preservação do emprego, temos de botar a dívida pública em uma trajetória sustentável, que nos traga para a esquerda (do gráfico apresentado aos senadores). Sempre movendo para a esquerda, né presidente", disse, em tom de brincadeira.
Na audiência, Levy falou aos senadores sobre ciclos econômicos e a diferença entre a crise de 2008 e as anteriores.
Levy disse que, naquele ano, a crise encontrou o governo brasileiro em boas condições, mas que as ações anticíclicas era uma situação temporária.
"É chegado o momento de nós revertermos nossas medidas anticíclicas", declarou.
Ele ponderou que o fim do ciclo de preços altos das commodities significa "um vento um pouco contra" na economia brasileira e que é preciso readaptá-la à nova realidade.
"Na medida em que os elementos anticíclicos são tirados, notadamente da china, os preços das commodities continuará caindo", completou.
Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , disse que o Brasil pode perder o grau de investimento dado pelas agências de classificação de risco caso o ajuste fiscal não seja feito.
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o ministro apontou que a dívida brasileira ainda é bastante elevada (em relação ao Produto Interno Bruto) para um rating não tão alto.
"Se não fizermos ajuste, ainda existe risco de perder o grau de investimento. O custo será altíssimo para o governo, para as empresas e para o trabalhador", afirmou.
O ministro lembrou que muitos investidores não podem aplicar em países que não têm grau de investimento e que isso teria grande impacto na economia real.
"Para preservação do emprego, temos de botar a dívida pública em uma trajetória sustentável, que nos traga para a esquerda (do gráfico apresentado aos senadores). Sempre movendo para a esquerda, né presidente", disse, em tom de brincadeira.
Na audiência, Levy falou aos senadores sobre ciclos econômicos e a diferença entre a crise de 2008 e as anteriores.
Levy disse que, naquele ano, a crise encontrou o governo brasileiro em boas condições, mas que as ações anticíclicas era uma situação temporária.
"É chegado o momento de nós revertermos nossas medidas anticíclicas", declarou.
Ele ponderou que o fim do ciclo de preços altos das commodities significa "um vento um pouco contra" na economia brasileira e que é preciso readaptá-la à nova realidade.
"Na medida em que os elementos anticíclicos são tirados, notadamente da china, os preços das commodities continuará caindo", completou.