Economia

Se EUA não chegarem a acordo, haverá impacto negativo global

Incerteza fiscal nos EUA permanecerá já que em duas semanas o Tesouro americano anunciou que será atingido o teto de dívida federal, de US$ 16,7 trilhões


	Christine Lagarde: diretora do FMI disse que é importante que esta situação se resolva o mais rapidamente possível
 (Saul Loeb/AFP)

Christine Lagarde: diretora do FMI disse que é importante que esta situação se resolva o mais rapidamente possível (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 12h28.

Washington - A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse nesta quinta-feira que se em 17 de outubro os Estados Unidos não chegarem a um acordo para elevar o teto da dívida do país ocorrerá um impacto negativo global.

"O fechamento parcial da administração é suficientemente ruim, mas o fracasso na hora de elevar o teto da dívida seria muito pior, pois poderia prejudicar seriamente não apenas a economia americana como toda a economia global", afirmou Lagarde em uma conferência na Universidade George Washington, que fica na capital americana.

A diretora disse que é importante que esta situação se resolva o mais rapidamente possível.

A administração dos Estados Unidos cumpre hoje seu terceiro dia de paralisação parcial depois que o Congresso foi incapaz de alcançar um acordo sobre um novo orçamento, o que provocou o fechamento de vários serviços públicos e a suspensão de milhares de empregos de funcionários federais.

A incerteza fiscal nos Estados Unidos permanecerá já que em duas semanas o Tesouro americano anunciou que será atingido o teto de dívida federal, de US$ 16,7 trilhões, o que ameaça deixar o país à beira da moratória.

Lagarde, no entanto, disse que a normalização da política monetária nos EUA, que aplicou um agressivo plano de estímulo, deve ser administrada "muito cuidadosamente".

"Como a normalização afeta tantos mercados e pessoas no mundo todo, os Estados Unidos têm uma responsabilidade especial: aplicá-la de maneira ordenada, vinculada ao ritmo da recuperação e emprego, e comunicá-la claramente", disse a ex-ministra de Finanças da França.

Na semana que vem o FMI divulgará suas novas previsões de crescimento global durante a reunião anual do organismo com o Banco Mundial, que será realizada entre 8 e 12 de outubro. 

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