Economia

Sanções começam a afetar economia russa, diz premiê

Para este ano, o governo espera uma expansão de apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB)


	Russo escolhe uma peça de queijo em um supermercado de Prokopyevsk, na Rússia
 (Andrey Rudakov/Bloomberg)

Russo escolhe uma peça de queijo em um supermercado de Prokopyevsk, na Rússia (Andrey Rudakov/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 18h38.

Moscou - As sanções adotadas pelo Ocidente contra a Rússia estão afetando a economia do país, reconheceu nesta quinta-feira o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev.

"Nosso orçamento para os próximos três anos foi formulado levando em consideração condições muito difíceis, já que as sanções foram colocadas em prática justo no momento em que a Rússia já passava por uma desaceleração da atividade econômica", disse.

Para este ano, o governo espera uma expansão de apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, segundo o Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento, a economia russa deve ficar estável em 2014, com uma recessão em 2015.

"Os mercados de capitais globais estão praticamente fechados para nossas companhias. A única fonte de crescimento, agora, é o mercado interno", afirmou o ministro de Finanças do país, Alexei Ulyukayev.

Para não entrar em recessão, a Rússia pretende apostar nos recursos domésticos e nos fundos acumulados pelo governo antes da crise financeira de 2008, quando os preços do petróleo estavam altos.

Em encontro com dezenas de ministros e empresários, o presidente Vladimir Putin descreveu esse momento como uma "verdadeira transformação para os próximos dois anos, que será responsável por elevar a competitividade de empresas russas, que passarão a fazer o trabalho que haviam tirado de nós", disse.

Ao proibir a importação de alimentos do Ocidente, como forma de retaliação às sanções, os russos viram a inflação do país ganhar força.

Porém, o governo insiste em dizer que a medida vai ajudar produtores locais a ampliar suas produções, de modo a substituir os produtos banidos. "Não queremos punir ninguém, queremos estimular o mercado interno", afirmou Putin.

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