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Retomada do crescimento dos EUA ainda não aconteceu

de outubro ficou registrado em 48,5 pontos e, além de ser a segunda retração consecutiva, foi a quinta queda seqüencial do indicador. A taxa de desemprego cresceu de 5,7% para 5,8% em outubro e o número de novos pedidos de auxílio-desemprego continua acima dos 400 mil considerado muito alto. Segundo relatório do BBV Banco, só […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h46.

de outubro ficou registrado em 48,5 pontos e, além de ser a segunda retração consecutiva, foi a quinta queda seqüencial do indicador. A taxa de desemprego cresceu de 5,7% para 5,8% em outubro e o número de novos pedidos de auxílio-desemprego continua acima dos 400 mil considerado muito alto. Segundo relatório do BBV Banco, só no setor manufatureiro, o número de vagas cortadas no último mês foi de 49 mil postos. Na indústria de construção foram mais 27 mil cortes, os primeiros em três meses. O fraco desempenho do mercado de trabalho não parece ser um fenômeno setorial , afirma o texto.

Como se não bastasse a fragilidade do mercado de trabalho e do nível de atividade, a confiança do consumidor que representa o consumo de cerca de dois terços do produto total da economia americana sofreu forte queda no último mês e chegou ao seu menor nível desde 1993. O índice medido pelo Coference Board chegou a 79,4 pontos, o que representa uma piora de cerca de 12% em relação a setembro. Além da piora das expectativas, houve alterações no comportamento do consumidor se a renda pessoal e o gasto forem observados , diz o BBV. Houve aumento da renda pessoal (0,4% em setembro) em contraste com uma queda dos gastos pessoais (também de 0,4%). Isso mostra que mesmo ganhando mais, o consumidor americano não está comprando o que ajuda a comprometer a recuperação da economia no curto prazo.

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Entre os economistas que acreditam na manutenção da taxa (36,1%), corre o argumento que a taxa está em seu patamar mais baixo das últimas décadas. Estes economistas questinam a eficácia de taxa tão baixa. Além disso, dizem que uma nova redução pode ser interpretada como o reconhecimento da autoridade monetária de que a economia americana está de fato em recessão. Isso pioraria ainda mais a percepção dos agentes econômicos em relação ao futuro.

Desemprego

Indicadores dos EUA divulgados nesta segunda-feira (4/11) mostram que as demissões aumentaram para 176.010 em outubro --mais de 7.600 demissões por dia útil--, após caírem em setembro para o menor patamar em 22 meses.

O dado de outubro é o segundo maior do ano, ficando atrás apenas da leitura de 212.704 de janeiro, de acordo com a pesquisa mensal de emprego feita pelo Challenger, Gray & Christmas, Inc. A empresa mede anúncios diários de demissões. As demissões anunciadas acumulam no ano queda de 27 por cento na comparação com o mesmo período do ano passado. Até outubro foram anunciadas 1.180.627 demissões, contra 1.613.880 anúncios em 2001.

No entanto, na comparação anual, a leitura de outubro fica 27 por cento abaixo das 242.192 demissões anunciadas em igual mês de 2001, logo após os ataques de 11 de setembro contra os Estados Unidos.

Indústria

Também divulgada nesta segunda-feira, as encomendas de bens manufatureiros no país caíram 2,3% em setembro, mas a perda foi menor que a esperada e resultou de uma forte queda na demanda por aviões e equipamentos de comunicações.

O valor das novas encomendas para a indústria recuou para 318,06 bilhões de dólares em setembro, informou o Departamento de Comércio. A queda seguiu o declínio de 0,4% de agosto.

Os dados se somam a outras evidências de que o setor manufatureiro está em desaceleração e foram divulgadas em meio a preocupações maiores sobre a saúde da economia norte-americana, que tem apresentado uma recuperação irregular desde a recessão do ano passado.

Indústria automobilística

As vendas de automóveis nos Estados Unidos caíram acentuadamente pelo segundo mês consecutivo em outubro, com as montadoras enfrentando comparação difícil com o recorde de venda no mesmo mês de 2001 e com a redução dos efeitos da política de juro zero nos financiamentos.

Entre as montadoras que divulgaram resultados na sexta-feira passada (1/11), a Ford Motor anunciou que suas vendas caíram 34,9% contraoutubro do ano passado, quando as vendas do setor bateram recorde. Os resultados excluem as marcas Jaguar, Land Rover e Volvo.

Com desempenho também ruim, a divisão Chrysler da DaimlerChrysler anunciou que suas vendas caíram 31% em outubro, enquanto a Toyota Motor anunciou queda de 21% em suas vendas nos Estados Unidos, enquanto as vendas de sua divisão Lexus de automóveis de luxo apresentou queda nas vendas de 22%.

A Nissan Motor anunciou que as vendas de sua principal divisão, a Nissan, na América do Norte haviam caído em 12,6%. Além de uma greve portuária, a empresa afirmou, por meio de seu diretor Bill Kirrane, que a queda nas vendas se deve também ao pessimismo que vem atingindo os consumidores norte-americanos. "Os juros zero já não fazem tanto efeito", disse Kirrane.

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