Economia

Renúncia põe em dúvida legitimidade do governo Kirchner

A renúncia de Carlos Menem estragou o que deveria ter sido a maior vitória da carreira de Néstor Kirchner. O novo presidente da Argentina, de acordo com as pesquisas eleitorais, massacraria seu concorrente no segundo turno das eleições, marcado para o dia 18/5. Agora, o ex-governador da Patagônia assumirá o país no próximo dia 25 […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

A renúncia de Carlos Menem estragou o que deveria ter sido a maior vitória da carreira de Néstor Kirchner. O novo presidente da Argentina, de acordo com as pesquisas eleitorais, massacraria seu concorrente no segundo turno das eleições, marcado para o dia 18/5. Agora, o ex-governador da Patagônia assumirá o país no próximo dia 25 com apenas 22% dos votos dos eleitores, conseguidos no primeiro turno das eleições. Analistas políticos e jornais locais afirmam que a legitimidade do mandato de Kirchner será um de seus principais desafios. O diário El Clarín, Kirchner se declarou disposto a "assumir todas as responsabilidades que a Constituição e o povo imponham".

A renúncia de Menem prova que a crise argentina dos últimos anos tem uma forte característica político- institucional. "A decisão é prevista pela Constituição e pela lei eleitoral, mas parece honrar apenas o tradicional desapego dos argentinos pelas instituições", afirma o Clarín.

O analista político Eduardo Van der Kooy foi ainda mais crítico: "Por que deveríamos esperar outra coisa de um homem que maltratou as instituições quando foi presidente do país? Agora é possível constatar sua autêntica textura política. Menem deu um novo golpe na recuperação institucional e lançou mais sombras à governabilidade".

Os argentinos esperavam que estas eleições colocassem um ponto final na sucessão de mandatos presidenciais executados votação democrática. Era esperado também que o próximo presidente da República fosse forte o suficiente para promover a necessária reforma política. Esperavam um líder. Ganharam mais dúvidas.

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