Economia

Renegociação do Nafta avança, mas resultado ainda é incerto

"Estamos caminhando a uma grande velocidade, mas não sabemos se vamos chegar a uma conclusão", afirmou o representante dos EUA

Nafta: a renegociação do Nafta acontece a pedido do presidente americano Donald Trump (Carlos Jasso/Reuters)

Nafta: a renegociação do Nafta acontece a pedido do presidente americano Donald Trump (Carlos Jasso/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de setembro de 2017 às 19h16.

A renegociação do acordo de livre-comércio entre Estados Unidos, Canadá e México está avançando rapidamente, mas seu resultado continua incerto, disse nesta segunda-feira Robert Lighthizer, chefe da delegação americana.

"Estamos caminhando a uma grande velocidade, mas não sabemos se vamos chegar a uma conclusão", afirmou o representante de Comércio Exterior americano.

A terceira rodada de negociações sobre o Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta) começa neste sábado no Canadá, após reuniões em Washington e Cidade do México, para modernizar o pacto de 23 anos.

A renegociação do Nafta acontece a pedido do presidente americano Donald Trump, que considera o acordo um "desastre" para o seu país. No mês passado, ele disse que o futuro do Nafta estava incerto e indicou que "provavelmente" daria fim ao acordo "em algum momento".

Apesar de sua promessa de campanha de abandonar o Nafta, Trump optou por convocar uma renegociação, mas insistiu que está disposto a sair do pacto se não chegar aos resultados esperados.

Lighthizer disse, nesta segunda, que há ansiedade por concluir as negociações, não apenas por pressões do calendário político, especialmente no México, que terá eleições em gerais em julho do ano que vem, mas também pela incerteza que isso gera nos empresários.

"Há muitas pessoas que estão tendo efeitos na vida real deste processo todo, agricultores, criadores de gado e empresários que estão tentando fazer negócios", explicou. "Então, há razões para andar rápido com a renegociação".

Washington questiona o déficit de sua balança comercial com o México que, desde a assinatura do acordo em 1994, passou de um excedente de 1,3 bilhão de dólares a um déficit de 64 milhões. Além disso, critica a perda de empregos por causa da instalação de fábricas no México para aproveitar a mão de obra barata.

Funcionários do governo Trump deram ênfase em reduzir os déficits comerciais bilaterais em todas as suas discussões, inclusive com Canadá e México, algo que todos os especialistas apontam ser difícil de remediar em negociações comerciais.

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