Reino Unido diz que já considera acordo de livre comércio com EUA
Secretário disse que Londres se prepara para estabelecer negociações comerciais com Washington em 29 de março, data prevista para a formalização do Brexit
AFP
Publicado em 25 de julho de 2018 às 19h01.
O Reino Unido mantém seu plano de fechar um acordo de livre comércio com Estados Unidos quando deixar a União Europeia (UE), disse nesta quarta-feira (25) seu secretário de Comercio Internacional Liam Fox.
Fox também disse que espera ver uma "desintensificação" do amplo leque de tarifas impostas por Washington e defendeu o livre-comércio e a Organização Mundial de Comércio (OMC).
Emum discurso no centro conservador Heritage Foundation de Washington, Fox evitou classificar de protecionista o presidente dos Estados Unidos , Donald Trump.
Fox disse que Londres se prepara para estabelecer negociações comerciais com Washington em 29 de março; data prevista para a formalização da saída do Reino Unido da UE ( Brexit ).
Os preparativos começarão agora por cauda de procedimentos legais de cada país; incluindo um período de discussão pública no Reino Unido e a obrigação da Casa Branca de avisar ao Congresso com 90 dias de antecipação que realizará negociações de livre-comércio.
Houve "negociações muito construtivas em várias frentes", disse Fox. Acrescentou que as discussões dependerão da relação com a UE posterior ao Brexit.
Perguntado se considera Trump protecionista, Fox respondeu: "os Estados Unidos sempre foram um país de livre-comércio".
Entretanto, "não é segredo que temos divergências" sobre os argumentos sobre segurança nacional utilizados por Washington para justificar a imposição de tarifas.
O Reino Unido, como toda a UE e outros aliados americanos, foi atingido pelas tarifas americanas sobre o aço e o alumínio. Em represália, os países europeus impuseram tarifas punitivas a diversos produtos americanos.
Fox falou em Washington no mesmo dia em que o presidente da Comissão Europeia Jean Claude Junker se reuniu na Casa Branca para discutir os pleitos comerciais.
"Queremos ver uma 'desintensificação' da tensão sobre as tarifas... de modo de que voltemos a discutir os verdadeiros temas", disse Fox.