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Reformas exigirão diálogo, diz ministro interino da Fazenda

Segundo ministro da Fazenda interino, Paulo Rogério Caffarelli, é preciso apresentar uma melhora fiscal sem mexer nos direitos dos trabalhadores

Ministério da Fazenda: "Novas reformas serão absolutamente necessárias", disse ministro interino (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 15h10.

Brasília - A economia se prepara para um novo ciclo de expansão , na avaliação do ministro da Fazenda interino, Paulo Rogério Caffarelli, feita na cerimônia de transmissão de cargo para Joaquim Levy .

"Novas reformas serão absolutamente necessárias", previu. Segundo ele, é preciso apresentar uma melhora fiscal sem mexer nos direitos dos trabalhadores.

Essas reformas, no entanto, segundo o ministro interino, exigirão do governo muito diálogo.

"Do diálogo, surgiram grandes iniciativas, como desoneração para indústria e medidas para investimentos", citou.

O ano de 2015 será de ajustes, conforme Caffarelli, com destaque para o ajuste "fiscal forte", o que chamou de âncora para os demais componentes da economia.

"O Brasil hoje não é a economia fragilizada que era no início dos anos 2000. O Brasil tem como manter os protagonismos que o mundo começa a viver, apesar da frustração com o ano que passou."

Apoiar o salto de infraestrutura que se faz necessário é fundamental para dar mais competitividade para a indústria nacional, na fala de Caffarelli, e para que a indústria local possa concorrer.

"O Brasil aumentou suas trocas com o exterior, mas é urgente dar novo salto de bens e serviços e para exportar mais é preciso importar mais também. Troca de corrente maior é um grande desafio que a nova equipe terá", projetou.

Cabe ao governo, dentro das suas limitações, segundo o ministro interino, dar as melhores condições para o empresário competir com seus concorrentes em uma economia globalizada.

É essencial também, de acordo com ele, garantir o grau de investimento conquistado em 2008.

Dizendo que o provérbio de Ghandi caberia ao antecessor Mantega e ao futuro ministroda Fazenda, Joaquim Levy, Caffarelli encerrou sua fala dizendo: "Grandes batalhas são dadas a grande guerreiros".

Mantega

Caffarelli salientou que nos anos em que o ministro Guido Mantega esteve à frente do cargo o modelo não seguiu uma linha reta perfeita.

"Teve curvas ao longo do caminho", disse, citando que a mais tortuosa delas foi imposta pelo mundo rico, com a crise financeira de 2008.

"O Brasil enfrentou e teve uma das mais rápidas recuperações do mundo", disse, salientando que de 2006 a 2013 o crescimento médio do PIB foi de 3,6%.

"Apesar do fraco resultado do PIB esperado para 2014, ainda devemos ter uma média acima de 3%, isso com inflação controlada, dentro do sistema de metas", considerou Caffarelli.

O ministro interino comentou ainda que o Brasil manteve pilares econômicos, obteve o grau de investimento e manteve protagonismo internacional, como no âmbito do G-20 e com os Brics.

"Isso não seria suficiente se política não tivesse ampliado o emprego e a renda", considerou. "Conseguimos evitar que a crise financeira contaminasse as famílias brasileiras", continuou.

É evidente, de acordo com Caffarelli, que o resultado foi obtido de forma coletiva. Ele citou o aval da presidente Dilma Rousseff e apoio do Congresso Nacional.

O ministro salientou que Mantega foi o ministro mais longevo da história, no cargo por 8 anos e 9 meses.

"Ele dedicou 12 anos ao governo federal e a à promoção de um Brasil mais justo e desenvolvido", considerou.

Caffarelli também comentou que mais de 50 milhões de brasileiros migraram para a chamada nova classe média desde então, com um mercado consumidor maior do que muitos países.

"O Brasil entrou em período de expansão", resumiu, citando a criação de programas sociais e de obras de infraestrutura.

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Brasília - A economia se prepara para um novo ciclo de expansão , na avaliação do ministro da Fazenda interino, Paulo Rogério Caffarelli, feita na cerimônia de transmissão de cargo para Joaquim Levy .

"Novas reformas serão absolutamente necessárias", previu. Segundo ele, é preciso apresentar uma melhora fiscal sem mexer nos direitos dos trabalhadores.

Essas reformas, no entanto, segundo o ministro interino, exigirão do governo muito diálogo.

"Do diálogo, surgiram grandes iniciativas, como desoneração para indústria e medidas para investimentos", citou.

O ano de 2015 será de ajustes, conforme Caffarelli, com destaque para o ajuste "fiscal forte", o que chamou de âncora para os demais componentes da economia.

"O Brasil hoje não é a economia fragilizada que era no início dos anos 2000. O Brasil tem como manter os protagonismos que o mundo começa a viver, apesar da frustração com o ano que passou."

Apoiar o salto de infraestrutura que se faz necessário é fundamental para dar mais competitividade para a indústria nacional, na fala de Caffarelli, e para que a indústria local possa concorrer.

"O Brasil aumentou suas trocas com o exterior, mas é urgente dar novo salto de bens e serviços e para exportar mais é preciso importar mais também. Troca de corrente maior é um grande desafio que a nova equipe terá", projetou.

Cabe ao governo, dentro das suas limitações, segundo o ministro interino, dar as melhores condições para o empresário competir com seus concorrentes em uma economia globalizada.

É essencial também, de acordo com ele, garantir o grau de investimento conquistado em 2008.

Dizendo que o provérbio de Ghandi caberia ao antecessor Mantega e ao futuro ministroda Fazenda, Joaquim Levy, Caffarelli encerrou sua fala dizendo: "Grandes batalhas são dadas a grande guerreiros".

Mantega

Caffarelli salientou que nos anos em que o ministro Guido Mantega esteve à frente do cargo o modelo não seguiu uma linha reta perfeita.

"Teve curvas ao longo do caminho", disse, citando que a mais tortuosa delas foi imposta pelo mundo rico, com a crise financeira de 2008.

"O Brasil enfrentou e teve uma das mais rápidas recuperações do mundo", disse, salientando que de 2006 a 2013 o crescimento médio do PIB foi de 3,6%.

"Apesar do fraco resultado do PIB esperado para 2014, ainda devemos ter uma média acima de 3%, isso com inflação controlada, dentro do sistema de metas", considerou Caffarelli.

O ministro interino comentou ainda que o Brasil manteve pilares econômicos, obteve o grau de investimento e manteve protagonismo internacional, como no âmbito do G-20 e com os Brics.

"Isso não seria suficiente se política não tivesse ampliado o emprego e a renda", considerou. "Conseguimos evitar que a crise financeira contaminasse as famílias brasileiras", continuou.

É evidente, de acordo com Caffarelli, que o resultado foi obtido de forma coletiva. Ele citou o aval da presidente Dilma Rousseff e apoio do Congresso Nacional.

O ministro salientou que Mantega foi o ministro mais longevo da história, no cargo por 8 anos e 9 meses.

"Ele dedicou 12 anos ao governo federal e a à promoção de um Brasil mais justo e desenvolvido", considerou.

Caffarelli também comentou que mais de 50 milhões de brasileiros migraram para a chamada nova classe média desde então, com um mercado consumidor maior do que muitos países.

"O Brasil entrou em período de expansão", resumiu, citando a criação de programas sociais e de obras de infraestrutura.

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