Reforma tributária: serviços de dentista, psicólogos e ginecologistas terão desconto em impostos (Bojan89/Thinkstock)
Repórter de finanças
Publicado em 25 de abril de 2024 às 13h22.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apresentou ao Congresso Nacional, na tarde de quarta-feira, 24, o projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária. O texto detalha os setores e os produtos que terão redução de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e poderão baratear diversos serviços para o consumidor. Alguns serviços dos setores de educação e saúde podem ter descontos de até 60% no IVA.
O IVA é um modelo de unificação de impostos. Com a reforma, os cinco tributos que hoje são cobrados separadamente irão se unificar em somente dois. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS) irão se juntar para formar o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que será controlado pelos estados.
Já o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) irão formar a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), controlada pela governo federal.
O texto entregue na data de ontem estabelece as normas gerais do IBS e da CBS, como o fato gerador (operação que enseja a incidência do tributo), o local da operação, a base de cálculo, as alíquotas, o pagamento e o princípio da não cumulatividade, bem como as regras relacionadas à incidência dos tributos sobre importações, à imunidade das exportações e ao seu modelo operacional.
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Na tentativa tornar o sistema tributário brasileiro mais organizado e transparente, as novas diretrizes irão impactar diretamente o bolso dos brasileiros, já que alguns serviços poderão ter, de acordo com o projeto, descontos de até 60% e outros isenção total no IVA. Sendo assim, a expectativa é que uma consulta odontológica ou sessões de fisioterapia fiquem mais baratas, já que os profissionais que prestam esses serviços terão um desconto sobre a tributação.O governo apresentou na quarta-feira, 24, o projeto, que agora passará pela tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado. Naturalmente, o Legislativo ainda fará diversas alterações ao texto proposto. Após aprovado pelo Congresso, a matéria será enviada para sanção presidencial.