Recuperação econômica impulsiona índice de confiança em Xangai no último trimestre
Medidas econômicas da China no fim de 2024 impulsionam otimismo em Xangai e fortalecem os mercados financeiros
Agência
Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 15h43.
A confiança dos investidores em Xangai voltou a entrar em território expansionista no quarto trimestre de 2024, impulsionada por uma série de medidas de estímulo econômico adotadas pelo governo chinês.
Fatores que impulsionaram a confiança dos investidores
O índice é baseado em uma pesquisa conduzida pela Universidade de Finanças e Economia de Xangai (SUFE) e é composto por quatro subíndices que avaliam:
- O ambiente de negócios;
- O nível de confiança entre empresários;
- Investidores institucionais;
- Investidores individuais.
Todos os componentes apresentaram crescimento no último trimestre, com exceção do índice de confiança de investimento dos empresários.
Os professores Xu Guoxiang e Chang Ning, da SUFE, atribuíram a alta do índice agregado às recentes políticas macroeconômicas intensivas da China, que sinalizaram estabilidade no crescimento e elevaram a confiança dos investidores no desenvolvimento econômico.
Além disso, os mercados acionários da China continental registraram uma forte recuperação, impulsionados por medidas como:
- Suporte ao setor imobiliário;
- Cortes na taxa de compulsório bancário.
Essas ações resultaram em um aumento significativo na satisfação dos investidores com os retornos obtidos.
Interesse internacional e perspectivas para 2025
Os especialistas também destacaram que, com a recuperação gradual da economia global e a mudança na política monetária do Federal Reserve, o capital internacional demonstrou maior interesse pelo mercado chinês. Essa transformação nas expectativas dos investidores, de cautelosas para otimistas, reforça a confiança na economia da China.
Para os próximos meses, Xu enfatizou a necessidade de a China fortalecer o crescimento econômico para manter a confiança dos investidores. Ele recomendou:
- Adoção de políticas macroeconômicas mais proativas;
- Medidas fiscais agressivas e políticas monetárias moderadamente flexíveis;
- Redirecionamento do foco da expansão da demanda interna para o apoio direto ao consumidor.
Por fim, o especialista ressaltou a importância de estreitar os laços com os mercados de capitais internacionais, atraindo mais investimentos estrangeiros para o mercado chinês.