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Rajoy lançará agenda europeia com Merkel

Ao mesmo tempo, continuam os rumores sobre um resgate para a Espanha, além da ajuda acordada com seu setor bancário

Mariano Rajoy: Madri afirmou recentemente que trabalha com Bruxelas para desbloquear uma ajuda de urgência de 30 bilhões de euros para os bancos espanhóis (Susana Vera/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2012 às 17h07.

Palma de Maiorca - O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, anunciou nesta terça-feira que se reunirá com a chanceler alemã, Angela Merkel, no dia 6 de setembro, para o lançamento de uma agenda "fundalmentemente" europeia, conforme afirmou.

Ao mesmo tempo, continuam os rumores sobre um resgate para a Espanha , além da ajuda acordada com seu setor bancário.

"Neste momento, cremos que a Europa é nossa prioridade internacional", afirmou Rajoy durante uma coletiva de imprensa realizada após o término de uma reunião com o rei Juan Carlos, na ilha de Maiorca.

A Espanha tenta acelerar o plano de ajuda europeu de até 100 bilhões de euros aprovado em julho pela Eurozona para seus bancos, altamente expostos ao debilitado setor imobiliário, em troca de estritas condições para seu banco e sua economia.

Rajoy explicou que receberá Merkel dia 6 de setembro em Madri para "uma reunião e uma sessão de trabalho com a presença de muitos empresários alemães e espanhóis".

No dia 11 de setembro, o chefe do governo espanhol receberá o presidente finlandês Sauli Niinistö, cujo país acabou aprovando a ajuda aos bancos espanhóis, mas em troca de garantias financeiras, como já havia feito anteriormente para ajudar à Grécia.

Posteriormente, Rajoy se encontrará dias 20 e 21 de setembro com seu homólogo italiano, Mario Monti, em Roma e participará ao final de setembro da assembleia geral das Nações Unidas.


Madri afirmou recentemente que trabalha com Bruxelas para desbloquear uma ajuda de urgência de 30 bilhões de euros para os bancos espanhóis.

Contudo, o eventual pedido de ativação desta ajuda urgente deve ser aprovado pela Comissão Europeia, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela Eurozona, segundo Bruxelas.

O BCE contempla reativar a compra de dívida espanhola no mercado secundário, mas com duras condições, ao que a Alemanha é reticente.

Todas estas medidas estão ligadas o estabelecimento do Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE) que deve substituir o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), o que implica em avançar na união monetária e fiscal europeia.

"Antes do final do mês terei uma reunião com o presidente do Conselho Europeu (Herman) Van Rompuy para explicar a posição da Espanha sobre a união bancária e a união fiscal", disse Rajoy.

Em uma carta enviada à Bruxelas e divulgada 3 de agosto, Rajoy recordou que é favorável à criação de um sistema único de supervisão dos bancos da Eurozona, o que permitiria sua recapitalização direta em caso de dificuldade, sem passar pelos Estados. Isso evitaria incrementar a dívida do país.

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Palma de Maiorca - O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, anunciou nesta terça-feira que se reunirá com a chanceler alemã, Angela Merkel, no dia 6 de setembro, para o lançamento de uma agenda "fundalmentemente" europeia, conforme afirmou.

Ao mesmo tempo, continuam os rumores sobre um resgate para a Espanha , além da ajuda acordada com seu setor bancário.

"Neste momento, cremos que a Europa é nossa prioridade internacional", afirmou Rajoy durante uma coletiva de imprensa realizada após o término de uma reunião com o rei Juan Carlos, na ilha de Maiorca.

A Espanha tenta acelerar o plano de ajuda europeu de até 100 bilhões de euros aprovado em julho pela Eurozona para seus bancos, altamente expostos ao debilitado setor imobiliário, em troca de estritas condições para seu banco e sua economia.

Rajoy explicou que receberá Merkel dia 6 de setembro em Madri para "uma reunião e uma sessão de trabalho com a presença de muitos empresários alemães e espanhóis".

No dia 11 de setembro, o chefe do governo espanhol receberá o presidente finlandês Sauli Niinistö, cujo país acabou aprovando a ajuda aos bancos espanhóis, mas em troca de garantias financeiras, como já havia feito anteriormente para ajudar à Grécia.

Posteriormente, Rajoy se encontrará dias 20 e 21 de setembro com seu homólogo italiano, Mario Monti, em Roma e participará ao final de setembro da assembleia geral das Nações Unidas.


Madri afirmou recentemente que trabalha com Bruxelas para desbloquear uma ajuda de urgência de 30 bilhões de euros para os bancos espanhóis.

Contudo, o eventual pedido de ativação desta ajuda urgente deve ser aprovado pela Comissão Europeia, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela Eurozona, segundo Bruxelas.

O BCE contempla reativar a compra de dívida espanhola no mercado secundário, mas com duras condições, ao que a Alemanha é reticente.

Todas estas medidas estão ligadas o estabelecimento do Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE) que deve substituir o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), o que implica em avançar na união monetária e fiscal europeia.

"Antes do final do mês terei uma reunião com o presidente do Conselho Europeu (Herman) Van Rompuy para explicar a posição da Espanha sobre a união bancária e a união fiscal", disse Rajoy.

Em uma carta enviada à Bruxelas e divulgada 3 de agosto, Rajoy recordou que é favorável à criação de um sistema único de supervisão dos bancos da Eurozona, o que permitiria sua recapitalização direta em caso de dificuldade, sem passar pelos Estados. Isso evitaria incrementar a dívida do país.

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